quinta-feira, julho 26, 2012

D'Alessandro atende pedido de Fernandão, ignora provocação de rivais e joga 'mudo'


Figueirense0x1Internacional
Técnico: Hélio dos AnjosTécnico: Fernandão


A vitória do Internacional em cima do Figueirense teve um capítulo à parte: D’Alessandro. De volta após cumprir suspensão pelo cartão vermelho recebido contra o Atlético-MG, o argentino teve sangue frio e resistiu a clara estratégia de provocação do time catarinense. Ficou mudo em campo e após a partida definiu as manobras como ‘coisinhas’ do futebol.

Foram 90 minutos de chegadas duras, entradas fora do lance e até tentativa de influência de Hélio dos Anjos, estreante na casamata do Orlando Scarpelli. A saída de D’Alessandro foi o silêncio. Quase absoluto. Exatamente por já imaginar o plano adversário.

“Eu conheço o Hélião. Foi orientação dele, sim”, disse Fernandão ao comentar sobre uma possível instrução aos jogadores do Figueirense para provocarem D’Alessandro. A estratégia consistia em chegar junto, forte, até mesmo fora da bola, para fazer o gringo sair da linha. Reclamar com o árbitro e aí pagar o preço pelo histórico recente.

Com 23 minutos, a artimanha pareceu claramente. Anderson Conceição saiu da área e dividiu com D’Ale. Fez falta por baixo, com um pé derrubando o camisa 10, e empurrou por cima. Com o braço no rosto. D’Alessandro caiu e não reclamou com o árbitro Elmo Alves Resende Cunha.

Aos 38, Doriva mostrou outra faceta para a ideia de inviabilizar D’Alessandro em campo. O lateral direito parou na frente do argentino e esboçou um drible, recebeu a entrada do meia e desabou no campo. Pedindo falta. A arbitragem nada assinalou e aí Hélio dos Anjos reclamou.

Separados por poucos metros, o técnico e D’Alessandro trocaram algumas frases. Certamente de conteúdo nada elogioso. Na saída para o intervalo, já com a vantagem ao seu lado, o camisa 10 foi direto: “Vocês estão vendo. Depois sou eu que reclamo e protesto”.

Expulso no primeiro tempo do jogo contra o Atlético-MG, D’Alessandro foi mantido como capitão. Recebeu apoio de Fernandão e um pedido do novo técnico: moderação na hora de reclamar. Cabeça fria diante dos árbitros.

No segundo tempo, logo com cinco minutos, foi derrubado na lateral do gramado. Bem diante de Hélio dos Anjos. Outra vez ouviu uma provocação do técnico e respondeu. A arbitragem manteve a inércia e nada fez.

O último ato para irritar D’Alessandro aconteceu aos 40 minutos. Outra vez na margem do campo. Após driblar três marcadores, ele foi derrubado. No chão, ignorou Hélio dos Anjos. As respostas vieram após a partida.

“Vamos ver o que vocês falam agora. Eu sempre sou calmo. Expulsão todos têm, mas comigo é diferente. Tem alguns setores da imprensa que são assim”, disse o jogador. Perguntado  sobre as manobras para irritá-lo, minimizou. “Sempre tem coisinhas dessas, mas faz parte do jogo”.

Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú

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