terça-feira, junho 05, 2012

Após fraude, PUC de Goiás cancela vestibular de medicina 2012/2


Dupla é presa após fraudar prova de medicina da PUC-GO (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Dupla é presa após fraudar prova de medicina da
PUC-GO (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A reitoria da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) decidiu, na tarde desta terça-feira (5), cancelar a prova de vestibular 2012/2 do curso de medicina. O exame, que aconteceu na manhã de segunda-feira (4), foi fraudado. A informação do cancelamento do exame foi confirmada ao G1 pela assessoria de imprensa da PUC-GO, que vai conceder entrevista coletiva à imprensa, nesta tarde, para anunciar o cancelamento.
Segundo a professora e pró-reitora de pós-graduação da PUC, Sônia Margarida Gomes, a nova data da prova para o curso de medicina é 16 de junho. “Frente aos fatos que ocorreram na segunda-feira, a instituição achou por bem cancelar as provas do curso de medicina, para que não saia dúvidas neste processo”, explica a professora. O vestibular para os demais cursos continua valendo.
Duas pessoas foram presas na segunda-feira, após apresentar documentação falsa e fazer a prova no lugar dos verdadeiros candidatos. Três mil e oitocentos alunos concorreram a 40 vagas. A fraude foi descoberta no momento da verificação da identidade e impressão digital dos candidatos. Eles fizeram a prova e foram abordados ao sair da sala.

Sobre o esquema de segurança para o dia da prova, a pró-reitora garante que o sistema desenvolvido pela PUC é eficiente e que vai mantê-lo. “Nosso esquema de segurança é eficiente. Tão eficiente que identificou as duas pessoas que fraudavam o exame. E também há uma série de outros componentes de segurança, desde a elaboração e impressão, até a realização das provas. O prédio onde foi realizada a prova tem imagens de TV que monitora tudo. Então, vamos repetir o esquema”, relata Sônia Margarida.
De acordo com o delegado Murilo Polati, do 8º Distrito Policial, para onde a dupla foi levada, a mulher já tem passagem pela polícia: “Ela tem passagem no Rio de Janeiro por falsificação de documentos, estelionato, falsificação de sinal identificador de veículo e formação de quadrilha”.
Segundo a polícia, a mulher receberia uma quantia de R$ 8 mil para realizar o exame. Já o rapaz não quis informar quanto ganharia. Os dois seriam agenciados por uma mesma pessoa, suspeita de chefiar uma quadrilha especializada em fraudar provas de concursos públicos e vestibular em todo o país.
A Polícia Civil recomendou o cancelamento da prova. O delegado Murilo Polati acredita que outras pessoas estejam envolvidas no esquema: “Há a suspeita de que outras pessoas também tenham praticado o crime hoje, mas passaram ilesos. Já temos depoimento, pelo menos informal, de que oito a dez facções estariam presentes nesse vestibular de medicina e, dentro desses candidatos, supostamente um número muito maior de suspeita de fraude”.
A dupla foiautuada por estelionato, falsificação ideológica e uso de documentos.

Fonte: G1/Cidade News Itaú

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