sábado, dezembro 03, 2011

Sinal fechado: Empresário acusado de chefiar fraudes possue três empresas de fachada

Suspeito de chefiar o esquema de fraude da Inspeção Veicular desvendado pela Operação Sinal fechado, o empresário George Anderson Olimpio da Silveira é sócio administrador de três empresas que estão sob suspeita: a DJLG Serviços de Administração e Gerenciamento LTDA, a GO Desenvolvimento de Negócios LTDA EPP e a MBMO Locação de Software e Equipamentos LTDA. Há indícios de que as empresas eram usadas para lavar dinheiro público.

As empresas DJLG Serviços de Administração e Gerenaciamento LTDA, que iniciou as atividades em 16 de setembro de 2008, e a MBMO Locação de Software e Equipamentos LTDA, fundada em 20 de maio de 2008, estão registradas na Junta Comercial do Rio Grande do Norte no mesmo endereço. As duas deveriam funcionar na rua Jaguarari, número 1912, sala 2, em Lagoa Nova. No entanto, o local se encontra fechado.

Durante a visita da reportagem do Diário de Natal ao local, os vizinhos da sala onde deveria funcionar os dois negócios disseram desconhecer totalmente qualquer atividade das empresas. Segundo eles, o local onde a empresa está registrada está fechado há cerca de dois anos.

George possui 30% das ações de cada um dos empreendimentos. As empresas possuem capital de R$ 50 mil cada. Além dele, são sócios das empresas Daniel de Paula Pessoa Maia, Jean Queiroz de Brito e Luiz Cláudio Morais Correia Viana. Anderson tem o capital de R$ 15 mil por empresa. O restante do valor dos empreendimentos é dividido entre os demais sócios.

A primeira empresa deveria oferecer serviços de consultoria em gestão empresarial e administrar fundos por contrato ou comissão. A segunda, em tese, trataria do desenvolvimento e licenciamento de programas de computador, prestaria consultoria em tecnologia da informação, faria serviços técnicos na área de informática e alugaria máquinas e equipamentos para escritório.

George Anderson chegou a ser sócio também do restaurante Jangada, mas se desligou do empreendimento no dia 1º de março deste ano. 

George Olímpio comanda empresa de R$ 1,7 milhão

A maior das empresas comandadas pelo empresário suspeito de chefiar o esquema de fraude na Inspeção Veicular, a GO Desenvolvimento de Negócios LTDA EPP, possui capital no valor de R$ 1,7 milhão. Ele é dono de 99% das ações, que correspondem a R$ 1.559.250,00.

A empresa, registrada na sala 802 do Edifício Seabra Fagundes, em Lagoa Nova, foi fundada em 24 de agosto de 2008, desenvolvendo as atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios, administração de fundos por contrato ou comissão, desenvolvimento e licenciamento de programas de computador, consultoria e tecnologia da informação e aluguéis de máquinas e equipamentos para escritório.

O administrador do prédio informou que o escritório funciona normalmente, mas não soube dizer quais as atividades exercidas lá. Além de George, a empresa conta com outros dois sócios: Caio Biagio Zuliani, que tem R$ 15.750 em ações, e Jailson Erickson Costa da Silveira, que possui R$ 7.875.

Segundo o MP, George Azevedo começou sua atuação criminosa na celebração de convênio entre o IRTDPJ-RN e o Detran-RN. Logo após, conseguiu a concessão do serviço de inspeção veicular no RN, fraudando a licitação e pagando propinas a diversas pessoas, dentre as quais os ex-governadores Iberê Ferreira e Wilma de Faria, para facilitação, tudo segundo denúncia do MP.

De acordo com o MP, ele também obteve a contratação fraudulenta de forma emergencial da empresa paranaense Planet Business pelo Detran/RN, como forma de terceirizar o serviço de registro do órgão. A suspeita é de que o dinheiro arrecadado pela Planet Business era utilizado por George em parte para o pagamento de propinas e a outra "lavada" nessas empresas.O patrimônio de George foi multiplicado mais de cem vezes em um intervalo menor que quatro anos. 

Fonte: DN

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