quinta-feira, agosto 17, 2023

Ao enfatizar ficha criminosa de hacker, aliados de Bolsonaro acabam fragilizando ainda mais o ex-presidente


A estratégia da tropa de choque de Jair Bolsonaro na CPI dos Atos Golpistas para desconstruir o hacker Walter Delgatti acabou tendo efeito contrário do esperado pelos aliados do ex-presidente.


Ao explicitar toda a ficha criminosa para enfraquecer o depoimento do hacker -- que apresentou relatos comprometedores para Bolsonaro -- o próprio ex-presidente saiu enfraquecido.


Isso porque mesmo com todo o currículo que pesa contra o hacker, Bolsonaro não só recebeu Delgatti na residência oficial do Palácio da Alvorada como deu consequência ao encontro, encaminhando Delgatti para uma conversa no Ministério da Defesa.


Diante da própria ficha criminal do hacker, perde força o argumento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair, de que a conversa com o então presidente da República tinha apenas a intenção de "adicionar camadas de segurança ao sistema do TSE".


Já a base governista, independentemente das versões apresentadas pelo hacker, quer se ater aos fatos concretos e já comprovados: a presença de Delgatti na residência oficial do Alvorada e a presença de Delgatti na Defesa -- situações, por si sós, de grande gravidade.


Outra tese levantada pela oposição é de que o hacker foi "plantado" por alguém para chegar até a deputada Carla Zambelli (PL-SP) que, segundo Delgatti, o levou até o Alvorada.



Mas a base governista refuta também esse argumento.


"O fato é que houve esse encontro com Zambelii e que ela se utilizou do hacker. É fato que houve fraude no CNJ e que Delgatti foi recebido por Bolsonaro e encaminhado ao Ministério da Defesa. Tudo isso mostra que houve um movimento para cometer um crime contra a democracia brasileira", afirmou o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).


Fonte: g1

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