terça-feira, maio 16, 2023

Bolsonaro diz em depoimento à PF que, se Cid arquitetou esquema adulteração de cartões de vacinação contra a Covid, 'foi à revelia'


Em depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (16) sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde por Mauro Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que, se o ex-ajudante de ordens arquitetou o esquema "foi à revelia".


Bolsonaro foi ouvido no inquérito que investiga suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação que teria beneficiado o próprio ex-presidente, a filha dele, além do ex-ajudante de ordens e familiares dele. Durante o depoimento, ele estava acompanhado do seu advogado, Paulo Cunha Bueno.


Ao ser questionado pela PF se Mauro Cid arquitetou e capitaneou toda a ação criminosa que realizou inserções de dados falsos de vacinação no ConecteSUS, o ex-presidente disse também que não tinha qualquer conhecimento ou dado orientação para isso, e que não determinou a inserção de dados fraudulentos nos sistemas.



Por fim, Bolsonaro disse que acredita que Cid não tenha arquitetado a inserção de dados falsos em seu nome e em nome de sua filha no sistema do Ministério da Saúde.


O que disse Bolsonaro à PF:


Que não determinou a inserção de dados falsos da vacinação contra a Covid no ConecteSUS;

Não sabia que dados falsos com seu nome foram inseridos no sistema;

Não sabia do esquema que inseria dado falsos;

Não tinha motivos para fazer isso;

Sobre a filha, disse que ela entrou nos Estados Unidos se declarando como não vacinada e que tinha laudo médico que permitia a ela não tomar vacina.


No dia 3 de maio, a PF fez buscas na casa do ex-presidente, em Brasília, na tentativa de encontrar provas de envolvimento dele no esquema. O celular dele foi apreendido.


Naquele dia, após as buscas, Bolsonaro falou à imprensa e reafirmou que não se vacinou contra a Covid e disse que não houve adulteração nos dados do cartão dele e da filha, Laura.


Entretanto, o ex-presidente se negou a depor à Polícia Federal no dia da operação sob a justificativa de que sua defesa precisava, antes, ter acesso à investigação. Por isso, foi ouvido apenas nesta terça.



Durante a operação do dia 3 de maio, a PF prendeu seis pessoas, entre elas o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro durante o mandato dele como presidente da República.


Segundo as investigações, Cid fazia parte do grupo ligado a Bolsonaro que inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas e emitir certificados de vacinação contra a Covid-19.


Fonte: g1

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