segunda-feira, outubro 18, 2021

Arrecadação própria do Rio Grande do Norte cai 9,43% em setembro

Após três recordes seguidos, as receitas próprias do Rio Grande do Norte apresentaram uma redução nominal de R$ 40 milhões, caindo de R$ 659 milhões, arrecadados em agosto, para R$ 619 milhões no mês de setembro. No entanto, em comparação com setembro de 2020, a arrecadação total do Estado teve um crescimento de 10%. Os dados foram divulgados na 23ª edição do Boletim Mensal da Receita Estadual,  da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que também avalia o desempenho das operações  comerciais no nono mês do ano. 


Carlos Eduardo, da SET/RN, afirma que altas nas operações de venda da indústria e do atacado indicam aquecimento da economia


A queda no volume de receitas totais deve-se, principalmente, à redução no recolhimento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que apresentou baixa em comparação com o mês anterior, caindo de R$ 610 milhões para R$ 584 milhões, no comparativo entre os meses de agosto e setembro. 


Praticamente todos os setores monitorados pela SET-RN tiveram redução no repasse desse tributo, com destaque para o setor de venda de combustíveis, que baixou de R$ 142 milhões para R$ 132 milhões, e do comércio, que desceu de R$ 126 milhões para 115 milhões. A exceção foi o setor de energia elétrica, que teve alta, passando de R$ 67 milhões para R$ 72 milhões – um crescimento nominal na casa dos R$ 10 milhões.


De janeiro a setembro, a arrecadação acumula alta de 20,58%, ante o mesmo período de 2020. Em nove meses, o Estado arrecadou o montante de R$ 5,295 bilhões, no somatório dos três impostos estaduais (ICMS, IPVA e ITCD), ante R$ 4,392 bilhões em igual período do ano passado. Segundo o órgão estadual, o resultado positivo é fruto das atividades econômicas, que se mantêm aquecidas. 


Vendas na indústria e atacado 

O boletim da SET-RN mostra que a produção industrial está em ritmo crescente no Estado para reverter o cenário adverso causado pela pandemia da covid-19. Em setembro, as vendas do setor alcançaram o maior volume dos últimos 12 meses e registraram alta de 8,7% ante agosto deste ano, movimentando, em média, R$ 53,9 milhões por dia. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi ainda superior e chegou a 28,7%. Os indicadores são animadores, já que o setor é base propulsora para o aquecimento das demais atividades econômicas, como o comércio e o atacado, e sinalizam que o estado terá um fim de ano de boas vendas.


Assim como a indústria, outro segmento importante para a movimentação da economia potiguar, o atacado, também indica recuperação. Apesar da redução do poder de compra dos consumidores em função da inflação verificada nos últimos meses, as vendas realizadas por empresas atacadistas atingiram o ápice de aproximadamente R$ 60 milhões negociados em média por dia, superando as de dezembro passado, quando foi registrado um volume médio de R$ 59,7 milhões por dia.


Economicamente, dezembro é sempre um período de altas nas vendas de todos os setores. O atacado potiguar encerrou o mês com um aumento de 3,9% nas vendas diárias no comparativo com o mês anterior e um crescimento de quase 4,7% em relação a setembro do ano passado. 


“Esses dois setores são a base da cadeia produtiva e esses desempenhos positivos pode nos indicar o aquecimento das atividades econômicas no Estado, assim como um fim de ano com vendas também aquecidas”, avalia o secretário Estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier.


Bares e restaurantes em alta

As informações divulgadas pela SET-RN também mostram que as empresas ligadas ao setor de bares, restaurantes e similares tiveram o melhor volume de vendas desde o início da pandemia, com a comercialização de R$ 5,1 milhões por dia em média ao longo do último mês, ficando atrás somente do vendido em julho deste ano, quando os estabelecimentos chegaram a faturar por dia cerca de R$ 5 milhões, muito em função da flexibilização das regras de controle da pandemia, que começaram a afrouxar gradativamente a partir do início do semestre e aumento dos índices de vacinação contra o vírus.


De acordo com o boletim do Fisco Estadual, o número de vendas do comércio varejista apresentou queda entre agosto e setembro deste ano. A quantidade de operações mensais com documentação fiscal caiu de 28,1 milhões para 27,6 milhões de um mês para outro. Contudo, o faturamento dos estabelecimentos comerciais permanece em relativa estabilidade, com leve redução de R$ 91,6 milhões vendidos a cada dia para R$ 91,4 milhões negociados por dia entre agosto e setembro. 


Fonte: Tribuna do Norte

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