quinta-feira, junho 07, 2018

Justiça do RN arquiva processo que investigava ex-vereador por corrupção de testemunhas de assassinato de hoteleiro

A Justiça do Rio Grande do Norte arquivou o processo contra o ex-vereador de Ielmo Marinho Tarcísio José Ribeiro de Lara Andrade Júnior, que foi preso em março deste ano. Tarcísio Ribeiro foi apontado inicialmente pela polícia como responsável por corromper testemunhas do assassinato do hoteleiro Ademar Miranda Neto, de 58 anos, em Natal. O crime aconteceu em 2016.

Na decisão proferida nesta terça-feira (5), o juiz Armando Ponte decidiu que não há indícios da participação do ex-vereador no crime. Tarcísio Ribeiro passou 28 dias preso, e teve a prisão revogada no mês de abril.

Segundo explica Fernandes Braga, advogado do ex-vereador, o inquérito policial dizia que Tarcísio pagou R$ 1,5 mil a um preso da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, para que ele depusesse em favor de seu irmão no caso que apura a morte do hoteleiro.

Tarcísio Ribeiro é irmão de Antônio Ribeiro Neto, que foi indiciado por corrupção e está preso, suspeito de participação no crime. Antônio teria um relacionamento como Martha Renatta Borsatto, que era ex-mulher da vítima e foi apontada como mentora intelectual do homicídio. Ela foi presa em dezembro de 2016 e negou as acusações, em entrevista ao G1.

Ademar Miranda Neto, de 58 anos, foi morto a tiros em junho de 2016, em Natal. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ademar Miranda Neto, de 58 anos, foi morto a tiros em junho de 2016, em Natal. (Foto: Arquivo Pessoal)

“A defesa pediu a revogação da prisão e juntou documentos provando que Tarcísio não tinha contato nem com esse preso, nem ninguém da família dele. Tarcísio Ribeiro sequer virou réu, não havia indícios, não havia materialidade. O delegado induziu a justiça a erro. Ele ficou preso 28 dias injustamente, além do enxovalhamento social”, diz Fernandes Braga.

O advogado afirma que agora a defesa vai acionar a Justiça para “procurar os direitos” do cliente. “Agora a defesa vai procurar os direitos do Tarcísio, que foram violentados com essa indução da Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, vamos manejar um pedido de indenização contra o Estado, vamos manejar uma representação, uma notícia-crime, por falsidade ideológica por parte da autoridade policial”, adianta.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!