quarta-feira, maio 16, 2018

Vaccari Neto, Milton Lyra e mais 14 são denunciadas pelo MPF no Rio

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 16 pessoas investigadas em desdobramentos da Operação Lava Jato. Entre eles estão: o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; e o homem apontado como operador do MDB, Milton Lyra.

As operações Calicute, Eficiência, Rizoma, Câmbio e Desligo e Hic et Ubique serviram como embasamento para os procuradores oferecerem a denúncia à Justiça Federal.

Além Lyra e Neto, também foram denunciados Arthur Machado, Patricia Iriarte, Alessandro Laber, Claudio de Souza, Vinicius Claret, Edward Penn, Adeilson Telles, Henrique Barbosa, Marta Coerin, Wagner Pinheiro, Ricardo Rodrigues, Carlos Alberto Pereira, Milton Lyra, Márcio Ramos e Marcelo Borges Sereno.

De acordo com as investigaçõe, os citados compõem uma "grande e complexa organização criminosa dedicada à prática de diversos crimes". Entre os crimes cometidos, o MPF aponta evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção, e contra o sistema financeiro nacional.

O empresário Arthur Mário Pinheiro Machado e o economista Marcelo Borges Sereno já tinham sido presos no último dia 12 e abril na Operação Rizoma, desdobramento da operação Lava Jato. Os procuradores estimam que o esquema gerou cerca de R$ 20 milhões em propina.

Um dos delatores afirma que os beneficiados eram lobistas, mas a PF suspeita que pessoas do alto escalão também tenham recebido vantagens.

O que dizem os citados?
Em nota, a defesa de Vaccari Neto diz que "desconhece totalmente este processo e sua denúncia, até porque não é de conhecimento do Sr. Vaccari, qualquer investigação oficial contra ele no Estado do Rio de Janeiro".

Em nota, a empresa ATG informou que Arthur Pinheiro Machado e Patrícia Iriarte foram afastados da empresa.

A defesa de Arthur Pinheiro Machado informa que se manifestará apenas nos autos do processo.

Rafael Faria, advogado que defende o Empresario Edward Penn, afirma que o seu cliente esclareceu questões apontadas na denúncia.

O G1 ainda tenta contato com a defesa de outros denunciados.

Alvos de prisão preventiva na Operação Rizoma (Foto: Arte / G1 Rio)
Gilmar manda soltar Milton Lyra, suspeito de ser operador do MDB

Liminar determina soltura de Lyra
Também nesta terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar Milton Lyra, suposto operador do MDB no Senado.

O teor da decisão não havia sido divulgado até a última atualização desta reportagem. "Defiro o pedido liminar para substituir os efeitos da ordem de prisão preventiva decretada pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro", diz o resumo do processo.

Milton Lyra se entregou à Polícia Federal em 12 de abril, após ter a prisão decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

A prisão havia sido determinada no âmbito da Operação Rizoma, que investiga prejuízos no Postalis, fundo de pensão dos funcionários nos Correios. Citado em delações premiadas devido à relação com políticos do MDB, Lyra é suspeito de envolvimento no esquema que desviou recursos do fundo.

Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini, que representa o Lyra, diz que "considerou a decisão do ministro Gilmar Mendes acertada e reconheceu que a prisão preventiva foi decretada sem os requisitos autorizadores para a medida cautelar, agora revogada".

Fonte: G1

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