sábado, maio 05, 2018

STJ determina prisão imediata de Carlinhos Cachoeira

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro determinou a prisão imediata do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, por fraudes em loterias do Rio de Janeiro. A decisão foi assinada na tarde desta sexta-feira (4). O contraventor está retido em prisão domiciliar em condomínio de luxo em Goiânia.

O advogado do bicheiro, Nabor Bulhões, informou que não foi comunicado da decisão. Já o também defensor do contraventor, Cléber Lopes, afirmou à TV Anhanguera que apesar da prisão, o seu cliente ainda pode ser absolvido no julgamento do mérito da questão.

Conforme o STJ, o ministro deferiu o pedido do Ministério Público para executar a prisão provisória de Cachoeira com base na permissão de prisão após condenação em segunda instância. Também segundo o órgão, a decisão deve ser publicada na segunda-feira (7).

O responsável por emitir o mandato de prisão é o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que é o órgão de origem do processo.

Carlinhos Cachoeira (Foto: Reprodução Globo News)
Carlinhos Cachoeira (Foto: Reprodução Globo News)

Cachoeira foi preso pelos crimes no dia 30 de junho de 2016, no condomínio de luxo onde mora em Goiânia, pela Operação Saqueador, da Polícia Federal (PM) e do Ministério Público Federal (MPF). A ação apurava lavagem de dinheiro e desvio de verbas em obras públicas. A investigação apontou um esquema que desviou R$ 370 milhões de cofres públicos.


Após a prisão, ele foi levado para o Rio de Janeiro, onde ficou por pouco mais de um mês. No dia 17 de agosto, ele teve a prisão preventiva convertida em domiciliar e foi levado de volta para a capital goiana. O pedido de habeas corpus da defesa do contraventor já havia sido feito ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, que javia negado a solicitação.

Acusações
Conforme o MPF, na época, Cachoeira era responsável por criar empresas e contratos fictícios com a construtora Delta. O valor era sacado e usado para pagamento de propinas. Logo após a deflagração da operação, o MPF informou que pedia a condenação dos envolvidos por lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de solicitar a reparação dos danos causados.

A Operação Saqueador foi um desdobramento da Operação Mote Carlo, que desarticulou exploração de máquinas caça-níqueis em Goiás e levou a uma CPI, que por sua vez, cassou o mandato do então senador Demóstenes Torres. Após perder o mandato, o político teve o processo contra ele arquivado no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) da pena e voltou a atuar no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) como promotor.

Fonte: G1

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