segunda-feira, agosto 07, 2017

Dois são mortos na Grande Natal; polícia suspeita que há relação com execução de chefe de facção

Carro em que Eduardo estava ficou crivado de balas  (Foto: Divulgação/PM)Dois homens foram assassinados a tiros no final da noite deste domingo (6) em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. A polícia suspeita que Daniel Pereira da Silva, de 24 anos, e Carlos Alexandre Lemos, de 25, tenham sido vítimas de uma represália pela morte de Eduardo Rodrigues, apontado como chefe de uma facção criminosa que disputa o domínio do tráfico de drogas no estado.

Eduardinho do Mosquito, como era mais conhecido, havia sido executado pouco tempo antes. Estava dentro de um carro na BR-101 Norte, momento em que passava pela rotatória de acesso a Extremoz, também na região metropolitana da capital potiguar. A namorada dele, que também estava no veículo, ficou ferida no braço.
Mesmo ferida, a namorada conseguiu dirigir o carro até o Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, mas Eduardo já estava morto quando chegou à unidade. A mulher, que foi atingida de raspão no braço, foi atendida e passa bem.
Eduardinho era irmão do traficante ‘Joel do Mosquito’, que foi encontrado morto em outubro de 2015 dentro da Cadeia Pública de Natal.
“Pode ter sido uma retaliação? Pode. No momento em que foram mortos, vizinhos disseram ter ouvido os assassinos gritarem o nome da facção da qual o Eduardo fazia parte. Estamos investigando isso”, afirmou o delegado Marcos Vinícius, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ainda de acordo com o delegado, Daniel e Carlos Alexandre foram assassinados em endereços diferentes, mas próximos um do outro. O primeiro foi morto dentro de uma casa na rua Santa Margarida Maria. O segundo, foi baleado e tombou no meio da rua Padre Cícero. As duas ruas ficam no bairro Golandim.

Eduardo Rodrigues, era mais conhecido como Eduardinho do Mosquito (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Eduardo Rodrigues, era mais conhecido como Eduardinho do Mosquito (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Morte de Eduardo
Segundo a Polícia Civil, Eduardo havia ido a Favela do Mosquito, comunidade carente do bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal, para visitar a mãe dele, que está doente. Na volta para casa, ao passar pela rotatória da BR-101 Norte, acesso à cidade de Extremoz, um automóvel se aproximou e emparelhou com o carro que era dirigido pela namorada de Eduardo. Mais de 20 tiros atingiram o veículo. Eduardo morreu na hora. A namorada dele, que foi atingida de raspão no braço, foi socorrida e passa bem.
Eduardinho cumpria prisão em regime domiciliar desde o final de janeiro. Ele deixou a Penitenciária Estadual de Alcaçuz em meio a uma guerra de facções que vitimou 26 detentos.
O delegado Marcos Vinícius disse ao G1 que Eduardinho vinha sofrendo ameaças desde aquela época, quando ainda estava em Alcaçuz. “Depois da matança, presos gravaram vídeos nos quais citavam o nome de Eduardinho, dizendo que ele seria o próximo a morrer”, revelou. Por este motivo, a polícia também o investigava como provável participante do massacre.

Joel Rodrigues da Silva, o Joel do Mosquito (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Joel Rodrigues da Silva, o Joel do Mosquito (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Citronela
Eduardo Rodrigues havia sido preso em setembro de 2015 durante a operação Citronela, deflagrada pelo Ministério Público. Joel Rodrigues da Silva, o Joel do Mosquito, também foi preso na ação. Outros 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. “Ao longo da investigação ficou comprovado que os criminosos eram responsáveis pela gestão de um elevado patrimônio, avaliado em mais de R$ 2 milhões, composto por automóveis de luxo, apartamentos, terrenos em condomínios de praias e em outros locais de alta valorização imobiliária, uma empresa de construção civil, dois salões de beleza e cafeteria em área nobre da capital”, afirmou o MP.

Fonte: G1

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