quinta-feira, junho 08, 2017

Temer se diz 'atacado' por parte da PGR, relata Roberto Jefferson após reunião


Após se reunir com o presidente Michel Temer, o presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, disse nesta quarta-feira (7), que, no encontro, Temer afirmou que se sente "atacado institucional e pessoalmente” por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) com o inquérito do qual é alvo na Operação Lava Jato.
A declaração foi dada após o encontro, no Palácio do Planalto. Além de Jefferson, que foi condenado e preso após o julgamento do mensalão do PT, participaram da reunião deputados do partido. Segundo o presidente da legenda, o grupo manifestou apoio ao presidente e disse que “amigo tem que ser em todos os momentos, na alegria e na tristeza".
“[Temer] disse que está sendo atacado institucionalmente e pessoalmente, e que as acusações são absolutamente injustas”, declarou Jefferson. Segundo ele, o presidente vem sendo acusado de “maneira muito açodada” e que também seria “inoportuno” a cassação do presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Palácio do Planalto informou que não irá se manifestar sobre a reunião. Procurada pelo G1,a assessoria da PGR também informou que não irá comentar as declarações.
Durante a entrevista, Jefferson declarou que o partido votará para recusar uma eventual denúncia do Ministério Público contra Temer na Lava Jato. Para que a denúncia seja aceita, é preciso que o Supremo Tribunal Federal a analise e, depois, a Câmara precisa aprovar o pedido da PGR.
De acordo com o ex-deputado, a posição do partido não dependerá do conteúdo das acusações. Para ele, o áudio da conversa de Temer com o dono da JBS Joesley Batista compromete o inquérito.
“Se eles acusam sem saber se é verdadeira a prova, a prova está contaminada na origem, na essência. A prova foi obtida de meio ilegal e editada ilegalmente. Não bate a degravação com o que está sendo divulgado. Se [o inquérito] começou viciado, viciado será todo o ato. O ato não se corrige mais”, criticou.
Jefferson, que tem se reunido com Temer com frequência, também disse ter certeza de que o partido está “caminhando ao lado bom do direito” ao decidir recusar uma eventual denúncia contra o presidente sem conhecer o conteúdo. “Fizemos nossa opção. Está feita. E vamos até o fim. Não somos de correr da luta, não é isso?”, afirmou.
Para ele, o inquérito do presidente na Lava Jato serve como pressão para influenciar na decisão do TSE sobre a chapa eleita em 2014, e que pode culminar com a cassação de Temer. “Passada essa decisão do TSE, essa pressa também acaba. Uma coisa está em função da outra”, afirmou.

Fonte: G1

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