quarta-feira, junho 28, 2017

Nome de Ricardo Teixeira aparece diversas vezes em investigação da Fifa sobre compra de votos por Rússia e Catar


A Fifa divulgou o relatório final de uma investigação interna sobre a compra de votos para as escolhas da Rússia como sede da copa de 2018, e do Catar, para 2022. O nome do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é citado diversas vezes
Segundo o relatório de 353 páginas, Ricardo Teixeira violou 6 artigos do código de ética da Fifa, entre eles os que falam sobre conflito de interesse, suborno e corrupção.
O ex-presidente da CBF tinha cargo executivo na Fifa e direito a voto na escolha das sedes das Copas do Mundo. O documento expõe uma série de vantagens recebidas por Teixeira do comitê organizador do mundial do Catar, como um jato para uma viagem dele à capital Doha e a hospedagem numa suíte de US$ 5 mil por dia durante o amistoso entre Brasil e Argentina em 2010.
O relatório sugere que esse amistoso pode ter sido usado para disfarçar o pagamento de propina a Teixeira e Julio Grondona, então presidente da Associação de Futebol da Argentina, para que apoiassem a escolha do Catar para a Copa de 2022. Só a CBF teria recebido US$ 7 milhões de dólares, um cachê que excedia de longe o valor de mercado.
Em 2014, o comitê de ética da Fifa arquivou o caso. Reconheceu que houve sinais de má conduta por parte de executivos, mas considerou que a investigação não conseguiu provar que votos para as candidaturas da Rússia e do Catar tenham sido comprados.
Revoltado, o advogado americano que apurava as denúncias pediu demissão. Só agora, 2 anos e meio depois, a Fifa decidiu publicar o relatório de Michael Garcia na íntegra.
O motivo foi o vazamento do documento para o tabloide alemão “Bild”, que começou a revelar detalhes, como um pagamento suspeito feito em 2011 para uma criança de 10 anos de idade. De acordo com o relatório, 2 milhões de libras foram transferidos para a conta de uma filha de Ricardo Teixeira, mas nenhuma evidência conseguiu relacionar o pagamento à candidatura do Catar.
Segundo a defesa de Ricardo Teixeira, o relatório, além de ser inconclusivo, não gerou nenhum processo contra o ex-presidente da CBF e continha ilações absolutamente inverídicas.

Fonte: G1

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