quarta-feira, maio 31, 2017

AGU cobra R$ 1,6 milhão de sindicatos por danos no Ministério da Agricultura

Incêndio atinge Ministério da Agricultura durante protesto em Brasília (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação na Justiça para cobrar das centrais sindicais e dos movimentos sociais o ressarcimento pelos danos causados no Ministério da Agricultura. O órgão responsável pelas providências jurídicas do governo diz que os prejuízos foram provocados no último protesto contra o governo do presidente Michel Temer, realizado em 24 de maio.
Segundo a AGU, este é o primeiro processo para pedir ressarcimento de danos deste protesto. São cobrados R$ 1,6 milhão para reparos na infraestrutura do prédio e pelo "prejuízo causado pela interrupção dos serviços da pasta". A AGU entrou com a ação na segunda-feira (29), mas só divulgou nesta quarta (31). O caso será apreciado pela Justiça Federal no Distrito Federal.
“Por causa da violência da manifestação, muitos servidores sequer conseguiram chegar ao local de trabalho e os que conseguiram, tiveram que deixar o prédio.”
Questionada, a Força Sindical – uma das centrais sindicais responsabilizadas – informou que aguarda a notificação judicial, mas que não concorda com a avaliação da AGU. De acordo com o vice-presidente do sindicato, João Carlos Gonçalves, os trabalhadores que viajaram até Brasília vieram para uma manifestação pacífica.

Fachada do Ministério da Agricultura destruída. Manifestantes usaram tapumes como instrumento para barricada. (Foto: Marília Marques/G1)
Fachada do Ministério da Agricultura destruída. Manifestantes usaram tapumes como instrumento para barricada. (Foto: Marília Marques/G1)

“Eu estava lá, e o que vi foi a provocação de black blocks e a PM e a Tropa de Choque serem incapazes de controlar 150 rapazes."
O processo menciona notícias veiculadas sobre a manifestação, que apontam que a depredação começou após um grupo tentar romper a barreira de proteção da Polícia Militar para acessar o Congresso Nacional.
Segundo a AGU, o fato de não conseguir identificar os manifestantes responsáveis pelos estragos (porque usavam máscaras e camisetas cobrindo o rosto) não justifica a isenção de culpa dos organizadores do protesto.
“Não podem servir como subterfúgio para que vândalos se vejam imunes.”
De acordo com a AGU, o valor cobrado pode aumentar quando o levantamento dos prejuízos for concluído. O G1 tentou contato com as demais centrais citadas na ação judicial, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.

Ministério da Agricultura depois da depredação (Foto: Marília Marques/G1)
Ministério da Agricultura depois da depredação (Foto: Marília Marques/G1)

Fonte: G1

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