Foram 142 dias de espera, mas Fluminense e Maracanã se reencontraram numa noite feliz. Nesta quarta, na estreia pela Sul-Americana, o Tricolor não tomou conhecimento do Liverpool-URU, fez 2 a 0 e garantiu boa vantagem para o jogo de volta. No clima quente entre os adversários, com direito a cusparada de Royón e expulsão do volante uruguaio Freitas no início do segundo tempo, Henrique Dourado, na primeira etapa, e Richarlison, de voleio, deram números finais ao duelo.
PANORAMA
O Flu vira a chave e deixa a Sul-Americana para o dia 10 de maio, data do jogo de volta em Montevidéu - a equipe de Abel Braga avança à segunda fase mesmo com derrota por um gol de diferença. Neste domingo, o Tricolor encara o Botafogo, às 16h (de Brasília), pela semifinal da Taça Rio.
PRIMEIRO TEMPO
Os gritos de apoio dos 37.145 torcedores deram lugar aos de apreensão logo na primeira chegada do Liverpool. Aos dois minutos, Diego Cavalieri espalmou falta cobrada por De La Cruz nos pés de Royón. Adiantado, o camisa 9, completamente livre, mandou por cima do travessão, desperdiçando chance clara. Após o susto, o Flu levou o Maracanã ao delírio com Henrique Dourado. Aos 23, Wellington fez feliz pela direita, carregou a marcação de três e levantou na área para a presença do “Ceifador”, que teve o trabalho de antecipar a marcação e desviar de sola para abrir o placar. O clima esquentou, Richarlison e Royón trocaram cusparadas (os dois foram advertidos com cartão amarelo), mas o brasileiro respondeu com a bola no pé. Aos 39 minutos, o atacante, numa espécie de voleio, aproveitou bate-rebate na área e ampliou a vantagem.
SEGUNDO TEMPO
A alta temperatura refletiu nos primeiros movimentos da segunda etapa. Aos quatro minutos, Freitas repetiu Richarlison e ensaiou um voleio, mas acertou a cabeça de Henrique e recebeu o cartão vermelho. O domínio tricolor foi ainda maior, com mais espaços pelas laterais, principalmente nas subidas de Léo com o apoio de Wellington, mas o time de Abel Braga foi menos efetivo. A situação melhorou com a entrada de Calazans na reta final da partida. O garoto criou as melhores e por muito pouco não saiu com uma assistência para Renato Chaves, que aos 44 minutos completou cruzamento de cabeça e viu a bola passar tirando tinta da trave direita de De Amores.
CONFIANÇA NO ARTILHEIRO
Titular no início da temporada, Henrique Dourado perdeu a posição para Pedro, mas ganhou a titularidade para a estreia na Sul-Americana. A confiança depositada por Abel Braga foi retribuída com gol bem ao estilo centroavante, mostrando presença de área e abrindo o marcador no Maracanã. Foi o 10º do Ceifador na temporada - artilheiro da equipe -, e o 12º com a camisa do Fluminense.
JOGO QUENTE
A partida foi o retrato de uma competição continental. Divididas fortes, provocação e muito trabalho para a arbitragem. Os uruguaios fizeram muitas faltas e terminaram com um jogador a menos - Freitas foi expulso após acertar chute na cabeça de Henrique. Ainda foram cinco cartões amarelos, dois num desentendimento entre Royón e Richarlison - o atacante do Fluminense chegou a ser atingido por uma cusparada do atacante adversário.
BEM-VINDO DE VOLTA
A torcida do Fluminense abraçou o retorno ao Maracanã e fez festa bonita, desde a recepção ao ônibus na chegada ao estádio até o fim da partida. Um dos grandes momentos foi o mosaico, antes da bola rolar, mostrando o escudo do clube e as palavras "força", "glória" e "tradição". O Tricolor não jogava no Maraca desde o dia 15 de novembro de 2016, quando empatou em 1 a 1 com o Atlético-PR, pelo Brasileirão.
Fonte: Globo Esporte
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