segunda-feira, abril 03, 2017

Falso médico que atendia há quase 7 anos pela Prefeitura em MG é preso


Um homem de 43 anos foi preso em São Francisco de Sales, no Triângulo Mineiro, depois de confessar ter usado a identidade de um médico de Belo Horizonte para atender pacientes. O falso médico era contratado pela Prefeitura da cidade há quase sete anos e atendia como clínico geral. A polícia soube do caso depois que o verdadeiro profissional descobriu o crime e acionou as autoridades.
O caso será investigado pela Polícia Civil de Itapagipe. O G1 entrou em contato com a Prefeitura da cidade para saber sobre a contratação do criminoso, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
A Polícia Militar de São Francisco de Sales informou que, na tarde de sábado (1º), recebeu uma ligação da Polícia Civil de Belo Horizonte informando que o um médico cardiologista havia descoberto uma pessoa usando a identidade dele para atender na cidade do interior. A vítima desconfiou da situação depois que foi acionado pela Justiça para pagar pensão ao filho.
“Ele achou estranho, pois a Justiça apontou um valor de rendimento salarial acima do que ele recebia. Então, o cardiologista pesquisou pelo nome na internet e descobriu um médico com o mesmo nome recebendo R$ 36 mil pela Prefeitura de São Francisco de Sales desde 2010”, contou o sargento da PM, Daniel Sudário.
Desde então, a vítima reuniu as informações, fez a denúncia na Central de Flagrantes em BH e ainda conseguiu conversar com o falso médico por telefone, confirmando o crime. A PM informou que os dois já trabalharam juntos em uma cidade próxima a Belo Horizonte e, possivelmente, foi quando o criminoso fez cópias dos documentos.
Ainda conforme a ocorrência, no sábado (1º) o falso médico estava em plantão e foi flagrado pela Polícia Militar. “O cardiologista ligou para o hospital e ficou com ele no telefone até nossa equipe chegar e fazer o flagrante. O homem ainda tentou convencer a vítima de não fazer a denúncia”, explicou o sargento.
O falso médico, que atendia como clínico geral, apresentou cópias de documentos, mas ao ser pressionado pela polícia, ele confessou o crime e mostrou uma carteira de motorista com o verdadeiro nome.
“Ele disse que estudou medicina na Bolívia, mas não conseguiu o diploma por não ter dinheiro para pagar a faculdade. Desde então, começou a cometer o crime para juntar dinheiro e legalizar a documentação”, contou o PM Daniel Sudário.
O homem foi levado para a delegacia de plantão de Frutal, mas foi solto pela Justiça. Segundo o delegado regional Cézar Felipe Colombari, o caso deve ser enviado nesta segunda-feira (3) para a Polícia Civil de Itapagipe, que vai investigar o crime. Ele deve responder por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.  “O delegado de plantão arbitrou uma fiança de 50 salários mínimos, mas ele não pagou. Porém, ele conseguiu pela Justiça um alvará de soltura e está em liberdade”, explicou.

Fonte: G1

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