segunda-feira, abril 03, 2017

Corpo de menino que morreu após confusão no Habib's é exumado

Corpo de João Vitor é exumado (Foto: Kleber Tomaz/G1)

O Corpo do menino João Victor Souza Carvalho, de 13 anos, morto após uma confusão em uma unidade do Habib's na Zona Norte de São Paulo, foi exumado na manhã desta segunda-feira (3). O adolescente morreu em 26 de fevereiro.
A exumação ocorreu no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha por determinação da Justiça. O corpo passará por novo exame necroscópico para saber se João morreu devido ao uso de drogas, como apontou o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML), ou se a causa da morte foram as supostas agressões que ele sofreu de funcionários do estabelecimento.
O médico legista Levi Miranda, contratado para atuar no caso a pedido dos advogados da família de João, criticou o laudo do IML. "Faltaram ao menos seis exames para serem feitos no cadáver", afirmou.
Câmeras de segurança registraram o momento em que empregados do Habib's correram atrás de João após o garoto ameaçar atirar um pedaço de pau na loja. Eles saem do alcance da filmagem e, em seguida, as imagens já mostram os funcionários arrastando o adolescente, que parece desacordado, e o largando na calçada ao lado da lanchonete.


João Victor morreu após confusão no Habib's (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal / Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo )João Victor morreu após confusão no Habib's (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal / Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo )
João Victor morreu após confusão no Habib's (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal / Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo )

O laudo inicial do IML não encontrou lesões que possam ter causado a morte de João. Para o IML, João morreu de infarto após combinar o uso de lança-perfume e cocaína.
"É possível, porém, que o menino tenha morrido em decorrência de agressões", ressalta o perito Eduardo Llanos, também contratado pelos advogados da família do adolescente. "A pergunta que se tem de fazer é: João teria morrido se fosse agredido?", indagou o advogado Francisco Carlos da Silva.
A exumação foi feita por médicos do IML e acompanhada por parentes de João e também pela Polícia Civil. "O objetivo da exumação é se buscar a verdade real", disse o delegado assistente Wladimir Gomes de Souza, do 28 Distrito Policial (DP).
A mãe de João, Fernanda Cássia de Souza, se desesperou no momento em que o caixão foi retirado do túmulo. "É muito triste ver o caixão de meu filho ser desenterrado novamente", lamentou. Já o pai do adolescente, Marcelo Fernandes de Carvalho, disse esperar que o novo exame "faça Justiça". "O menino foi assassinado. Morreu depois de apanhar", afirmou.
Os funcionários do Habib's, que foram afastados pela rede de fast-food, negam ter agredido o garoto. O resultado da 'necropsia precedida de exumação' ainda não tem prazo para ficar pronta.


Pai e tia acompanham exumação do corpo de João Vitor (Foto: Kleber Tomaz/G1)Pai e tia acompanham exumação do corpo de João Vitor (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Pai e tia acompanham exumação do corpo de João Vitor (Foto: Kleber Tomaz/G1)

Fonte: G1

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