sexta-feira, abril 07, 2017

Ex-ministro Mantega depõe em SP na ação da chapa Dilma-Temer

Guido Mantega (à esq.) chega para depor no TRE de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega chegou na noite desta quinta-feira (6) à sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo para depor na ação que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
Segundo informou o Blog da Andréia Sadi, o depoimento de Mantega faz parte da estratégia do PT de produção de "contraprovas" no processo.
Mantega vai depor, por meio de videoconferência, ao ministro Herman Benjamin, relator da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está em Brasília.
Na manhã de terça (4), os sete ministros da Corte eleitoral decidiram suspender o julgamento do caso para reabrir a fase de coleta de provas e ouvir quatro novas testemunhas, entre os quais o ex-ministro.
'Pós-Itália'
O depoimento de Guido Mantega foi solicitado ao relator do caso pela defesa de Dilma. Na fase de instrução, os advogados da petista já haviam pedido para que o ex-ministro da Fazenda fosse ouvido pelo tribunal, porém, na ocasião, Herman Benjamin permitiu apenas que ele se manifestasse por escrito.
No recurso, os defensores da ex-presidente da República alegaram que todas as mais de 50 testemunhas da ação foram ouvidas presencialmente pelo TSE, e, no caso de Mantega, não havia “razão jurídica” para mudar o procedimento adotado até então.
Entre as testemunhas ouvidas na fase de coleta das provas, estão dez ex-dirigentes da Odebrecht. O relator tomou os depoimentos para apurar suspeitas de que ocorreram pagamentos irregulares à campanha presidencial do PT e do PMDB nas eleições de 2014.
O ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht contou ao corregedor-geral do TSE que Mantega atuou como interlocutor de Dilma junto à construtora para pedir doações de campanha. O ex-ministro era conhecido pelos dirigentes da construtora pelo codinome de "Pós-Itália", em uma referência ao fato de ele ter sucedido Antonio Palloci no comando do Ministério da Fazenda.

Preso pela Lava Jato, Marcelo Odebrecht afirmou a Herman Benjamin que, nas eleições de 2014, doou para outros partidos da coligação que apoiou Dilma e Temer a pedido de Guido Mantega. O empresário também afirmou que uma parte do dinheiro foi repassado por meio de caixa 2.
Marcelo Odebrecht também disse que acertou com o ex-ministro da Fazenda o repasse de R$ 170 milhões para a campanha à reeleição. E, conforme Marcelo, somado ao que acertou com Antonio Palocci entre 2008 e 2014, o valor de doações às campanhas presidenciais de Dilma e Temer chegou a R$ 300 milhões.

Fonte: G1

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