quinta-feira, março 23, 2017

Polícia faz megaoperação para prender suspeitos de matar torcedor do Botafogo


A Polícia do Rio realiza uma grande operação na manhã desta quinta-feira (23) para cumprir 20 mandados de prisão temporária contra integrantes da Torcida Jovem do Flamengo. Oito suspeitos teriam participado diretamente da morte do torcedor do Botafogo Diego Silva dos Santos, 28 anos, no dia 12 do mês passado. O crime aconteceu no entorno do Estádio do Engenhão antes de uma partida entre os dois times no Campeonato Carioca.
De acordo com o delegado Fábio Cardoso, os suspeitos de matar o torcedor alvinegro agiram com grande brutalidade e ainda se vangloriaram da agressão à vítima. Em uma das imagens obtidas pela polícia, o presidente da Torcida Jovem do Flamengo aparece com a camisa de Diego amarrada no tornozelo, como uma espécie de troféu.
"Isso aí a gente conseguiu apurar que é como se fosse um gesto de uma demonstração da vitória, que venceu o opositor. É como se fosse um troféu. Então, ele agride, faz a pessoa desmaiar ou mata a pessoa como foi o caso do Diego, arranca a camisa dele e depois amarra na perna, como um gesto, um significado, como se fosse um troféu pela vitória, naquela guerra, que nesse caso foi matar um botafoguense.
Cerca de 130 agentes e seis delegados das Divisões de Homicídios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Baixada Fluminense, além da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), participaram da ação. Eles ainda cumpriram 14 mandados de busca e apreensão.

Correção: o G1 errou ao informar que 20 são procurados por suspeita de participar na morte do torcedor do Botafogo. Na verdade, são 8. Os demais 12 são suspeitos de praticar outros crimes. O texto foi corrigido às 11h.)

Um dos integrante da Torcida Jovem do Flamengo foi preso na Ilha do Governador. (Foto: Reprodução / Tv Globo)Um dos integrante da Torcida Jovem do Flamengo foi preso na Ilha do Governador. (Foto: Reprodução / Tv Globo)
Um dos integrante da Torcida Jovem do Flamengo foi preso na Ilha do Governador. (Foto: Reprodução / Tv Globo)


Pontos de ataque, segundo a polícia, no entorno do Engenhão (Foto: Reprodução/TV Globo)Pontos de ataque, segundo a polícia, no entorno do Engenhão (Foto: Reprodução/TV Globo)
Pontos de ataque, segundo a polícia, no entorno do Engenhão (Foto: Reprodução/TV Globo)

"A gente percebeu, no meio dessa investigação, alguns detalhes sobre as torcidas organizadas. A gente não consegue entender como as pessoas que lidam com o futebol não se preocupam de forma particularizada com as brigas entre torcedores. Uma grande parte é de pessoas de bem, mas uma parte pequena e barulhenta causa lesões graves e mortes. Queríamos fazer um apelo sobre as torcidas organizadas. O que aconteceu nos remete a era medieval. A gente sugere que os clubes e federações, que a CBF tenham alguma atividade sobre o controle e sobre a existência as torcidas organizadas. Para que elas sejam regulamentadas. Um grupo pequeno não pode causar um tumulto tão grande", destacou o delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios.



Dinheiro, explosivos e material da torcida organizada do Flamengo foram apreendidos (Foto: Cristina Boeckel / G1)Dinheiro, explosivos e material da torcida organizada do Flamengo foram apreendidos (Foto: Cristina Boeckel / G1)
Dinheiro, explosivos e material da torcida organizada do Flamengo foram apreendidos (Foto: Cristina Boeckel / G1)
Agentes estiveram em um condomínio na Zona Oeste para cumprir mandado de prisão nesta manhã (Foto: Thierry Gozzer / globoesporte.com)Agentes estiveram em um condomínio na Zona Oeste para cumprir mandado de prisão nesta manhã (Foto: Thierry Gozzer / globoesporte.com)
Agentes estiveram em um condomínio na Zona Oeste para cumprir mandado de prisão nesta manhã (Foto: Thierry Gozzer / globoesporte.com)
Na casa dos suspeitos os agentes apreenderam uma grande quantia em dinheiro, porretes, soco inglês, morteiros e acessórios da torcida organizada do Flamengo.
De acordo com a investigação, dos 2.100 integrantes da Torcida Jovem do Flamengo, pelo menos 12 estavam foragidos por crimes como homicídio, roubo e dano ao patrimônio. Os oito suspeitos de matar o torcedor alvinegro teriam golpeado a vítima com um espeto de churrasco roubado de um bar. Diego morreu de hemorragia interna e externa.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, Diego morreu após ter sido atingido várias vezes por um objeto "perfuro contundente".

Fonte: G1

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