quinta-feira, março 16, 2017

Famílias discordam de proposta de seguro do voo e questionam Chape

Viúvas estiveram na reunião com a Chapecoense (Foto: Renan Koerich/Globo Esporte.com)

A Chapecoense apresentou na tarde desta quinta-feira (15) às famílias das vítimas do acidente com o avião do time, que deixou 71 mortos na Colômbia em 29 de novembro de 2016, a proposta da resseguradora do voo, de pagamento de U$ 200 mil (R$ 620 mil) por cada uma das vítimas. A maioria dos parentes ficou insatisfeito com o acordo coletivo e ele foi reprovado, como apurado pelo Globoesporte.com.
Parentes, representantes do clube e advogados contratados pela Chapecoense realizaram a reunião em um hotel no Centro de Florianópolis. No encontro, foram expostas as justificativas da proposta apresentadas pela resseguradora do voo em reunião em Buenos Aires, no fim de fevereiro, para chegar a esse valor.
"Ninguém vai aceitar [o acordo], teria de ser uma decisão coletiva. Não vai acontecer" disse uma das viúvas presentes. A proposta de acordo coletivo, individual e igualitária, não era negociável, conforme o Globoesporte.com.


Reunião para definicições sobre indenizações ocorre em Florianópolis (Foto: Renan Koerich/Globo Esporte.com)Reunião para definicições sobre indenizações ocorre em Florianópolis (Foto: Renan Koerich/Globo Esporte.com)

Entretanto, conforme um dos advogados que conduziu o encontro ao G1, a reunião foi apenas informativa, sem objetivo de deliberação. A aceitação do termo de acordo coletivo poderá ser feita posteriormente. Com isso, um novo contato com a resseguradora deverá ser feito pelo time após a avaliação das famílias das informações repassadas.
Outros familiares ouvidos pelo Globoesporte.com, que optaram pelo anonimato, questionaram o valor total oferecido pela resseguradora, que representa cerca de metade do valor da apólice de segura da LaMia (U$ 12,8 milhões dividido por 64 famílias).
O clube catarinense afirmou ainda que buscará resolver administrativamente e extra-judicialmente todas as questões envolvendo o caso, mas, paralelamente, mantém estudos das legislações de Brasil, Bolívia e Colômbia caso seja necessário entrar na Justiça. Até mesmo os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores foram acionados para colaboração.
Outros assuntos também foram discutidos na reunião, como as doações recebidas pelo time, apólice e investigação do caso.


Equipes de resgate trabalham nos destroços do avião que transportava o time da Chapecoense para a Colômbia e caiu perto de Medelín (Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters)Avião com o time da Chapecoense caiu perto de Medelín (Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters)

Fonte: G1

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