quarta-feira, março 29, 2017

Delegado quer concluir nos próximos dias inquérito sobre atirador do MPRN

Delegado-geral dá entrevista sobre prisão de atirador do MP (Foto: Thyago Macedo/G1)

O delegado Renê Lopes, que conduz as investigações sobre a ação do servidor do Ministério Público Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos, informou que espera concluir nos próximos dias o inquérito sobre o atentado registrado na Procuradoria Geral de Justiça do Rio Grande do Norte, na sexta-feira (24). Mais de 15 pessoas já foram ouvidas.
Guilherme Wanderley invadiu a sala onde estava o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, e alguns auxiliares. Ele sacou uma arma e atirou contra o próprio Rinaldo, errando o disparo, mas também contra o promotor Wendell Beetoven e contra o procurador-geral adjunto, Jovino Sobrinho, que foram baleados.
O servidor fugiu após o crime, mas se apresentou no dia seguinte e ficou preso por força de um mandado de prisão preventiva. O delegado Renê colheu depoimento do próprio Guilherme, bem como do procurador-geral Rinaldo Reis e de mais de 15 pessoas, entre servidores e pessoas próximas ao suspeito.
"A comissão criada está atuando e esperamos finalizar esses depoimentos até o final desta semana. Ainda falta ouvir as vítimas que ficaram feridas", explicou. Sobre os encaminhamentos e provável indiciamento do servidor, o delegado Renê Lopes disse que ainda não pode adiantar detalhes.
Além de Renê Lopes, que preside o inquérito, a Delegacia Geral da Polícia Civil criou uma Comissão, composta pelos delegados Júlio Lima, da 4ª DP, e Alisson Barbosa, da Delegacia de Extremoz, na Grande Natal, para auxiliar no caso.
Processo Administrativo
Nesta terça-feira (28), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) divulgou que vai apurar a conduta do do servidor Guilherme Wanderley. O corregedor nacional do MP, Cláudio Portela, comunicou ao Plenário do Conselho que instaurou processo administrativo disciplinar.


Atirador do Ministério Público chega ao Comando da Polícia Militar (Foto: Carlos Lima/Inter TV Cabugi)Atirador do Ministério Público se apresentou à polícia no sábado (25) (Foto: Carlos Lima/Inter TV Cabugi)

De acordo com o corregedor nacional, as circunstâncias narradas indicam a prática das faltas disciplinares previstas nos incisos V, VI e VI do artigo 143 da Lei Complementar Estadual nº 122/1994, pelo técnico ministerial, sujeitando-o à sanção disciplinar de demissão. Instaurado o processo, este deverá ser distribuído a um conselheiro relator, para a citação do servidor e a condução do processo administrativo disciplinar, ficando estabelecido o prazo de 90 dias para a sua conclusão.
Defesa espera laudo
O advogado Jonas Antunes, que defende o servidor do MP, disse ao G1 que aguarda a realização de um laudo psiquiátrico sobre as atuais condições do cliente. “A defesa será exercitada com parcimônia e responsabilidade e, por este motivo, entendemos que o Guilherme precisa passar por uma avaliação do especialista. Somente depois de um parecer médico, que ateste se ele sofre ou não de algum distúrbio mental, é que poderemos avaliar como nortearemos o nosso trabalho".


Advogado Jonas Antunes (Foto: Fred Carvalho/G1)Advogado Jonas Antunes defende o servidor Guilherme Wanderley (Foto: Fred Carvalho/G1)

Fonte: G1

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