quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Governo pode cobrar Petrobras por redução de atividades no RN

Flávio Azevedo criticou decisão da Petrobras (Alberto Leandro/PortalNoar)O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Flávio Azevedo afirmou em entrevista ao portalnoar.com que o Governo do Estado não ficará
passivo diante da decisão anunciada pela Petrobras de reduzir em até 60% a perfuração de poços no Rio Grande do Norte em 2016.

“Após mais de 30 anos explorando e retirando riquezas do subsolo do RN, a Petrobras não deve tomar decisões sobre corte de investimentos em nosso estado considerando apenas conveniências econômicas. Ou mesmo de estratégia empresarial, talvez necessária, mas resultante de uma desastrosa e corrupta gestão anterior e do atual baixo preço do barril de petróleo. A Petrobras também tem que considerar os elevados lucros obtidos no passado e enorme passivo ambiental gerado pela exploração de nosso subsolo”, afirmou o secretário.

Ainda segundo Azevedo, o governador Robinson Faria está agendando uma reunião com a diretoria da Petrobras para tratar do assunto. “Tenho convicção de que o governador não ficará passivo diante de decisões equivocadas da Petrobras. E, se for o caso, cobrar a conta do passivo ambiental gerado no passado e até o momento não reposto”, destacou Flávio.

O impacto social e econômico com a redução de 60% das atividades da Petrobras no RN, segundo o secretário, é “enorme” e atingirá toda a economia do estado, notadamente a Região Oeste.

“Além dos prejuízos econômicos e fiscais, gerará prejuízos sociais incalculáveis em decorrência da perda de milhares de empregos diretos e indiretos. Além de ferir de morte o Programa de Incentivo RN Gás+ (antigo Progás), de fundamental importância para a competitividade econômica das empresas industriais instaladas o RN”, alertou o secretário.

A diminuição no número de poços perfurados em 2016, quando comparado com o ano anterior, deve impactar os trabalhadores que atuam direta e indiretamente com o setor de petróleo e gás no Rio Grande do Norte. De 350 poços perfurados em 2015, a Petrobras teria adiantado que neste ano serão apenas 154, o que representa uma redução de 60%. Com isso, somente no setor de sondas serão desligados, no mínimo, 720 menos postos de trabalho, conforme repassou à reportagem do portalnoar.com a diretoria do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do estado (Sindipetro-RN).

Fonte: Portal Noar

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