terça-feira, dezembro 08, 2015

RN teve maior número de mortes de bebês com microcefalia do Brasil

Há 'fortes indícios' de que zika vírus, transmitidos por mosquitos Aedes aegypti, tenha correção com aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré  (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)O Rio Grande do Norte é o estado com maior número de mortes de bebês com microcefalia no Brasil. Os dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde mostram que o RN teve sete óbitos
de recém-nascidos com malformação na cabeça e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa das mortes.

O Ministério da Saúde registrou 106 casos suspeitos de microcefalia no Rio Grande do Norte até 5 de dezembro. O estado é o quarto em casos suspeitos, atrás de Pernambuco (804), Paraíba (316) e Bahia (180). O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, decretou situação de emergência por causa do aumento no número de casos no estado.

No total, o Ministério da Saúde identificou 1.761 casos suspeitos de microcefalia em 422 municípios de 14 unidades da federação.

Desde o dia 7 de dezembro, o Ministério da Saúde passou a adotar, em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a medida padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 32 centímetros, para a triagem de bebês suspeitos de microcefalia. Até então, a medida utilizada pelo Ministério era de 33 centímetros. A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, visando uma melhor compreensão da situação.

O ministério também esclarece que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o crânio com 33 cm de diâmetro é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população.
Protocolo
O Ministério da Saúde elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. O objetivo do protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O material foi elaborado a partir das discussões entre o Ministério da Saúde e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia, laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de estados e municípios afetados.

O protocolo contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial.  Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica, dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito Aedes aegypti.

Fonte: G1

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