Momentos antes da tragédia que chocou Natal, o advogado Adriano Benvindo Neri, que cometeu suicídio após matar o próprio filho, enviou mensagens de desabafos para a sua ex-mulher. As
O advogado Adriano Neri e o seu filho, Felipe Neri Furtado, de 3 anos, foram encontrados mortos na manhã dessa quarta-feira (30), em um apartamento no bairro Tirol, zona Leste de Natal. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio seguido de suicídio, motivados pelo fim do casamento do advogado.
De acordo com o responsável pela investigação do caso, o delegado Fábio Rogério, a partir das mensagens enviadas por Adriano Neri, é possível concluir que o advogado não aceitava o fim do relacionamento com a ex-esposa.
“Ele deixou claro que não iria suportar a situação. Nas mensagens ele dizia que não estava suportando a separação e que queria voltar a ter uma família”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com Fábio Rogério, as mensagens também são uma mostra do nível depressivo de Adriano Neri. Segundo o delegado, após a separação do casal, o advogado estava passado por uma fase depressiva que era acentuada pelo fato dele morar sozinho.
“(sic) Eu não me programei para viver sem vc e Felipe! Por isso q estou disposto a mover céus e terras por vcs. Preciso de vc! Tá muito difícil! (sic)”, diz um trecho das mensagens enviadas pelo advogado.
Segundo o delegado Fábio Rogério, a tragédia familiar começou após Adriano Neri informar a ex-mulher que iria buscar o garoto Felipe Furtado na escola e o deixaria na casa dela em seguida. Após pegar o filho na escola, o advogado enviou as mensagens de desabafo e ficou sem dar notícias. Preocupada com a situação, a mãe do pequeno Felipe acionou o poder judiciário para reaver o filho. Foi somente no início da manhã dessa quarta-feira, que o garoto foi encontrado, já sem vida e após ser atingido com dois tiros no queixo.
Investigações
O advogado Adriano Neri foi encontrado morto com quatro marcas de tiros, o que traz questionamentos sobre o fato ter sido realmente um suicídio. Segundo o delegado Fábio Rogério, o calibre da arma e o cenário encontrado pela polícia reafirmam a hipótese de homicídio seguido de morte.
“Não foi verificado subtração de objetos e próximo ao corpo do filho de Adriano havia um travesseiro. Esse travesseiro pode ter sido utilizado para abafar o som da arma. Além disso, uma arma calibre 32, não tem uma grande potência. Isso não quer dizer que descartamos todas as hipóteses, mas o homicídio seguido de suicídio tem mais a ver com a situação, cenário e informações”, contou.
Fonte: Portal Noar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!