quarta-feira, agosto 19, 2015

Seca não é causa do desabastecimento de energia, diz especialista consultor do governo

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A seca não pode ser culpada pelos problemas de abastecimento de energia que o Brasil enfrenta. A afirmação é do especialista Mário Veiga, consultor do setor, que
trabalhou para o Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

"Se você calcular a quantidade de chuva no período 2012, 2013 e 2014, quando os reservatórios esvaziaram de totalmente cheios para muito vazios, ela foi muito razoável, foi apenas a 16.ª pior seca dos últimos 80 anos", afirmou. De acordo com o especialista, o problema é desencadeado por uma série de fatores, como dificuldades no sistema de transmissão e nos equipamentos.

Veiga disse que esses fatores levaram ao aumento de 42% nas tarifas para o consumidor final. E só não há falta de energia porque a demanda diminuiu este ano. "Perdemos dois anos da demanda, porque a economia desabou. Então, conseguimos economizar os 11% recomendados da pior forma possível, com a queda da demanda. É como melhorar a renda per capita cortando a capita", explicou.

Alternativa
Para Veiga, uma alternativa seria a colocação de painéis solares. "Apesar do dólar não estar favorecendo, a tarifa de energia explodiu de tal maneira que, na maioria dos Estados, já é mais barato colocar painel solar. O consumidor residencial tem alguns obstáculos. Primeiro é que ele teria de adiantar o dinheiro para construção. O segundo é que, se quebrar ou tiver problema, é com o consumidor. Então, a melhor maneira de fazer isso é uma empresa instalar o equipamento na sua casa e cobrar mensalidade, como é feito nos Estados Unidos", recomenda.

As declarações do consultor foram dada durante participação de Veiga no seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pelo Centro de Estudos de Energia da Fundação Getulio Vargas (FGV Energia) e Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).

Fonte: CNM

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