Embora tenha mudado de locação, a Central do Cidadão de Mossoró continua a apresentar o mesmo "cenário" nas madrugadas: longa fila de pessoas à espera da entrega
"Chegamos às 2h e havia 26 pessoas na fila, mas ainda assim peguei a ficha 54 porque algumas pessoas ficam vendendo fichas. Um senhor chegou às 6h e pegou o atendimento número 6. Uma mesma pessoa vende até seis fichas, vão colocando as pessoas na fila. Pior que nós não podemos reclamar com quem vende porque não tem nenhum segurança nem policial aqui", disse a dona de casa Wanessa de Oliveira.
A diretora da Central do Cidadão, Francilene Martins, conta que pediu intervenção do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP/RN) a fim de evitar a venda de fichas. Ela conta que chegou a registrar pedido de investigação em delegacias devido a ameaças feitas pelos vendedores ilegais a funcionários.
"Somos cientes do problema, mas não somos coniventes. Já busquei ajuda da polícia e do MP e sofri ameaças. Hoje, trabalhamos com medo, não há nenhum policiamento na Central do Cidadão e essas pessoas se sentem à vontade para agir. Arrancam os cartazes de aviso, dão informações erradas aos usuários e até consomem drogas aqui", disse a diretora.
No começo deste ano, uma das salas da Central do Cidadão chegou a ser disponibilizada para instalação da Polícia Militar. Porém, os policiais foram removidos para policiamento nas ruas. Segundo o major Humberto Hermógenes, do 2º Batalhão de Polícia Militar de Mossoró, a falta de efetivo é o que impede a permanência de homens na Central.
"Hoje, o efetivo disponível não é suficiente para atender à demanda das ruas e das instituições públicas. Desse modo, damos prioridade ao patrulhamento nas ruas, onde ocorre a maioria dos crimes. Mesmo assim, os policiais também realizam rondas na Central do Cidadão em horários alternados", explica o major.
Fonte: O Mossoroense
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!