quinta-feira, abril 09, 2015

Em crise no Brasil, indústria salineira do RN aposta na exportação

RN exporta 400 mil toneladas de sal por ano. (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)A indústria salineira no Rio Grande do Norte enfrenta uma de suas piores crises no mercado nacional. O preço da tonelada que era R$ 180 há três anos, atualmente é R$ 50. A
alternativa para o momento de crise no preço é a exportação. 400 mil toneladas de sal saem do estado, todos os anos, para Canadá, Estados Unidos, Polônia e Nigéria. O país africano compra mais de 60% do que é exportado, mas a qualidade do sal está abrindo portas para o mercado norte-americano.


"Nós temos o sal melhor produzido no mundo inteiro. Nosso teor de pureza é de 99.88% de cloreto de sódio. Então essa é a alternativa, buscar o mercado internacional e exportar esse sal para os Estados Unidos", completou Renato Fernandes, presidente do Sindicato da Indústria de Sal do estado.
A indústria salineira emprega mais de 70 mil pessoas de forma direta e indireta e é parte significativa da economia do estado. Todos os anos, se produz entre cinco e seis milhões de toneladas de sal no RN. "É uma cadeia produtiva que, para gerar um posto de trabalho não leva mais do que R$ 3 mil, diferente da indústria automobilística, que precisa de R$ 100 mil para gerar cada posto de trabalho. E uma mão de obra que não é tão especializada, mas é hereditária. São algumas famílias que tem sua história na qualificação no processo produtivo", disse Renato Fernandes.
A exploração do sal no litoral Norte do Rio Grande do Norte é uma atividade antiga. As primeiras salinas instaladas em Mossoró, Areia Branca, Assu e Macau, datam de 1802, época da colonização. O clima, sol forte, muito vento e pouca chuva fizeram da região da Costa Branca a maior produtora de sal do país. Cidades e famílias surgiram a partir das salinas. FranciscoTomé, empresário, foi criado no meio dos tanques e diz que é preciso ser equilibrado para se manter no mercado, que é instável.

"Muitos pequenos produtores abandonaram porque os custos ficaram mais caros. Quer dizer, ele colhia o sal, pagava para colher, e não achava quem comprasse, porque realmente tem muita produção. É nesse momento que você precisa de uma estrutura para aguentar a crise", disse.

Fonte: G1

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