quarta-feira, março 11, 2015

Morte de mais um jovem negro por policial branco gera nova onda de protestos nos EUA

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Um jovem negro, desarmado, que segundo jornais locais, estava dentro de sua própria casa, foi assassinado por um policial branco nos Estados Unidos. A exemplo de
outros casos ocorridos nos últimos meses, o fato gerou uma série de protestos em Madison, no estado de Wisconsin, no norte dos Estados Unidos.

As mobilizações contra o caráter racial das abordagens policiais se estendem pelo quarto dia seguido após a morte de Tony Robinson, de 19 anos. O policial supostamente responsável pelo assassinato foi identificado como Matthew Kenny.
Diferentemente de outros protestos motivados pela solidariedade às vítimas, a manifestações de Madison não estão encontrando eco na imprensa internacional, como denunciam os estudantes.
Centenas de estudantes universitários e do ensino médio se manifestaram pela perda de Robinson nesta segunda-feira (09/03). Eles deixaram as salas de aula e bloquearam o boulevard Martin Luther King Jr. Nesta terça (10/03), o site do departamento de polícia local sofreu um ataque cibernético. Nesta terça, mais de duas mil pessoas se reuniram para protestar e prestar solidariedade.

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O chefe de polícia, Mike Koval, com um megafone, fez um pedido de desculpas não formal pela morte do jovem e ressaltou que há uma investigação em curso, mas que os manifestantes precisam “ter paciência”.
De acordo com Koval, o disparo ocorreu após uma “luta” dentro da residência onde estava Robinson.
As primeiras versões da história, relatadas por jornais universitários, relataram que o policial foi chamado devido a um “distúrbio” no apartamento.

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“Vocês não estão nos protegendo” Vocês estão nos matando!”, afirmou a avó de Robinson ao participar do protesto ocorrido no sábado, um dia após a morte do jovem.
Durante o ato, familiares leram um comunicado escrito pela mãe do adolescente, Andrea Irwin: “eu não posso computar o que ocorreu. Eu não tive ainda a chance de ver seu corpo”.  

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O departamento de polícia disse que irá “investigar” o tiroteio. Para a família, esse tipo de declaração serve apenas como resposta para a imprensa alternativa e social. Eles também criticaram o fato de que grandes empresas de comunicação não estão dando atenção ao caso.
Cidade progressista
Conhecida por ser uma cidade liberal com vasto histórico de políticas progressistas, Madison viu-se obrigada a discutir a situação dos afro-americanos, que representam 7% da população, mas mantêm um desproporcional índice de encarceramento e crianças na pobreza.
“Madison se baseia em sua história progressista e no passado para ignorar a realidade atual”, disse o estudante da Universidade de Wisconsin Sergio Gonzalez, de 27 anos à agência Associated Press. “É lamentável ser necessária a morte do jovem de 19 anos para abrir os olhos de Madison”, concluiu.

Fonte: Opera Mundi

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