Homem que fez mãe refém no RS tem problemas psicológicos, diz BM

O homem de 54 anos que manteve a própria mãe, de 78, refém por mais de sete horas sob a mira de uma arma na madrugada desta sexta-feira (14), em Porto Alegre,

tem problemas psicológicos, segundo informou a Brigada Militar. O diagnóstico foi feito por uma psicóloga que acompanhou a longa negociação da polícia para encerrar o caso de cárcere privado, por volta das 7h30. Vizinhos também afirmaram que ele faz tratamento para esquizofrenia, informação que ainda não foi confirmada pela polícia.

Ferido no braço e na perna por tiros disparados por policiais, ele foi encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) junto com a idosa, que não ficou ferida, mas também recebe atendimento. Quando tiver alta, o homem será submetido a uma análise de profissionais especializados que possam confirmar os problemas mentais apontados no local.

“Pelo que a gente acompanhou, junto com a psicóloga, ele sofre mesmo de distúrbio mental. Claramente, apresenta um desequilíbrio. Não temos ainda condições técnicas, mais específicas para dar um diagnóstico, mas isto foi constatado, sim”, afirmou ao G1 o coronel João Diniz Godói, comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC).

No início da manhã, no momento mais tenso da negociação, o homem efetuou 33 disparos contra a polícia. Os policiais revidaram e acertarem dois tiros no homem antes de invadir a residência, localizada na Avenida Engenheiro Lodolfo Bohel, no bairro Teresópolis, Zona Sul da capital gaúcha

Homem que manteve mãe refém em Porto Alegre
foi baleado no braço e na perna, segundo a polícia
(Foto: Divulgação/Brigada Militar)

“O que a gente apurou até agora é que ele e a mãe tinham um relacionamento conturbado e haviam discutido na noite passada, o que pode ter provocado o fato”, explica o coronel. “Quando entramos na casa, nos deparamos com um ambiente muito sujo, muito insalubre, de desleixo mesmo”, acrescenta.

Dentro do local, a polícia apreendeu um revólver e muita munição. “Realmente ele tinha muita munição. Ainda vamos verificar a procedência do armamento, mas é provável que seria uma herança que o pai deixou. Porte de armas ele não tinha”, diz Godói.

A ocorrência teve início depois que vizinhos ouviram a discussão e chamaram a Brigada Militar, por volta das 23h de quinta-feira (14). O homem também atirou quando a polícia chegou ao local.

Fonte: G1