sexta-feira, novembro 14, 2014

Após ação na justiça, Governo do RN precisa reformar prédio da Sesap

Predio-da-secretaria-estadual-de-saude---Sesap---WR--(42)Corrimão solto, lances de escadas sem lâmpadas de emergência, vidraças rachadas, elevadores quebrados e com portas
enferrujadas. Esses são alguns dos problemas encontrados na sede da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) que levou o Ministério Público do Trabalho (MPT) a iniciar uma ação contra do Governo do Estado. Tudo facilmente constatável a qualquer um que visite o prédio.

Só depois da decisão em primeira instância, o governo liberará o dinheiro para uma ampla reforma do edifício de 13 andares adquirido oficialmente durante esta gestão. Conforme o Procurador-Geral do Estado, Cristiano Feitosa, o governo foi notificado no dia cinco deste mês.

“Já entramos em contato com o secretário de Saúde e ele nos informou que já existe um projeto de reforma em andamento no valor de R$ 5 milhões, mas os valores não haviam sido liberados”, informou. De acordo com o PGE, por força da decisão judicial, o projeto terá finalmente seus recursos garantidos.

Ainda segundo Feitosa, o projeto atenderá todas as especificações do Ministério Público do Trabalho. “Nos próximos 15 dias deverá ser entregue a justiça um cronograma”, acrescentou.

Além do aspecto visual, quem denuncia a situação de perigo do prédio são os próprios servidores, embora temam se identificar. “Quando tem princípio de incêndio a gente sai tudo (SIC) correndo pelas escadas. Eu trabalho aqui tranquilamente, qualquer alarmezinho eu desço aqui correndo as escadas”, contou uma servidora que preferiu preservar seu nome.

O problema é que as fugas podem não obter sucesso com a estrutura ultrapassada do prédio. Mesmo para o atual código de combate a incêndio do Estado, da década de 1970, o sistema anti-incêndio do edifício é defasado. Só há lâmpadas de emergência a partir do oitavo andar para baixo. Além disso, o corrimão do lance de escadas do primeiro andar está enferrujado e solto.

Outro problema do prédio é a utilização do último andar como casa de máquinas. Em prédios como o da Sesap deve haver uma sala isolada, ambiente onde as pessoas possam se abrigar em caso da impossibilidade de descer o prédio. No entanto, além de o 13º andar servir como casa de máquinas, a porta da sala está trancada de cadeado.

Para outra servidora, “se eles resolverem a parte elétrica, vão resolver muitos problemas daqui”. Segundo ela, houve muitas adaptações para a inclusão de novos computadores e aparelhos de ar condicionado que sobrecarregam a estrutura do prédio. A quebra de elevadores com pessoas dentro deles também é uma deficiência comum.

Na ação, o MPT também apontou outros problemas além dos que foram constatados nesta reportagem: fiação exposta e em contato com materiais inflamáveis, buracos no chão, rachaduras nas paredes, águas pluviais em contato com estruturas energizadas e desprendimentos de estruturas de concreto (nos pilares que ficam em frente às janelas do corredor). O MPT também se baseou em vistorias do Corpo de Bombeiro e Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) para ajuizar a ação.

Fonte: Portal JH

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