quinta-feira, setembro 25, 2014

Temor de ebola faz ala de hospital do RS ser isolada após atender nigeriana

Após susto, local foi desinfectado e liberado para pacientes e funcionários (Foto: Priscila Devens/Prefeitura de Palmeira das Missões)A presença de uma paciente nigeriana com sintomas não esclarecidos provocou a interdição parcial na quarta-feira (25) de uma ala do Hospital de Caridade de
Palmeira das Missões, informou a prefeitura do município no Norte do Rio Grande do Sul.O motivo foi o temor de um foco de ebola, vírus que já matou quase 3 mil pessoas no oeste da África, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O fechamento do setor de ambulatório do hospital, porém, não passou de um susto. A possibilidade da paciente ter sido contaminada pelo vírus acabou sendo descartada no mesmo dia por exames clínicos, garante a assessoria do Executivo local. De acordo com a prefeitura, o setor de urgência e emergência do hospital foi fechado para um procedimento protocolar de desinfecção e já voltou a atender normalmente.
A situação repercutiu no mesmo dia em redes sociais, onde internautas da cidade passaram a circular a informação sobre a suspeita de ebola. A paciente da Nigéria, país onde há casos registrados do vírus, é intercambista do Rotary e reside atualmente com uma família brasileira, moradora de Palmeira das Missões.
A prefeitura ainda ressaltou que além de exames realizados na cidade, análises de sangue feitos em um laboratório de Porto Alegre também descartaram a hipótese de ebola. A jovem nigeriana ficou em isolamento na quarta-feira (24), mas já foi transferida para um quarto convencional. Até quarta, médicos suspeitavam que ela estivesse com malária.
Procurada pelo G1, a direção do hospital ainda não se manifestou sobre o assunto.

V2 - Entenda o ebola e suas consequências (Foto: G1)
Saiba mais sobre o ebola
O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos.
Segundo último balanço da OMS divulgado nesta quinta-feira (25), 2.917 pessoas morreram de ebola dentre 6.263 casos em cinco países do oeste africano afetados pela doença, até 21 de setembro. Os casos foram registrados na Libéria, Serra Leoa, Senegal, Guiné e Nigéria. 

Conforme a Vigilância em Saúde de Porto Alegre, são considerados casos suspeitos pacientes procedentes, nos últimos 21 dias, de países com transmissão de ebola que apresentem febre súbita, podendo ser acompanhada de hemorragia, como diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorragia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria.
O período de incubação do vírus pode variar de 1 a 21 dias. A transmissão do só ocorre após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou do contato com superfícies e objetos contaminados.

Fonte: G1

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