sábado, julho 12, 2014

Vai a 118 o nº de mortos em ofensiva israelense na Faixa de Gaza

Palestinos inspecionam escombros de uma mesquita destruída após um ataque militar israelense no campo de refugiados de Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza. (Foto: Thomas Coex / AFP Photo)O número de mortos nos bombardeios do Exército de Israel contra a Faixa de Gaza dentro da operação Limite Protetor, que entrou em seu quinto dia neste sábado
(12), subiu para 118 e os feridos já chegam a mais de 900, segundo fontes de saúde do território palestino.
Durante a madrugada e no começo da manhã, aviões militares israelenses continuaram com os bombardeios contra posições em Gaza, enquanto as facções armadas palestinas, como o Hamas e a Jihad Islâmica, continuaram disparando foguetes contra o território israelense.
Pelo menos dez palestinos morreram e mais de 15 foram feridos nos últimos bombardeios realizados por caças da aviação israelense em diferentes pontos da Faixa de Gaza antes do amanhecer.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra, três palestinos morreram e cinco ficaram feridos em um dos ataques aéreos israelenses contra um grupo de pessoas nas imediações de uma mesquita no oeste da Cidade de Gaza.
Pouco antes, segundo Qedra, duas jovens morreram e cinco pessoas ficaram feridas com gravidade em outro bombardeio contra um centro para deficientes no norte da Faixa.
Em outro ataque, cinco morreram e outros cinco ficaram feridos quando foram alcançados por um míssil na cidade de Jabalya, no norte do território palestino.
Por volta da meia-noite, mais cinco pessoas morreram, entre elas uma menor de 17 anos, ao serem atingidas por um ataque aéreo em uma das principais ruas da Cidade de Gaza, acrescentou o porta-voz.
O Ministério da Saúde em Gaza especificou em um comunicado enviado para a imprensa que já são 118 palestinos mortos e mais de 900 feridos com os últimos bombardeios neste quinto dia da operação militar israelense.
O ministério detalhou que dois terços das vítimas são civis, entre eles mulheres, idosos e crianças, e advertiu que o território palestino já está sofrendo com a falta de material e equipamentos médicos nos hospitais para atender aos feridos.
O Exército israelense informou em comunicado divulgado durante a madrugada que impediu um ataque com foguetes contra Israel e confirmou que abateu 'vários terroristas' que planejavam disparar os projéteis.
As 'Brigadas Ezedin al-Qassam', o braço armado do movimento islamita Hamas, assumiram na última noite o ataque com um lança-mísseis do tipo RPG contra um veículo blindado israelense no perímetro da Faixa de Gaza, que causou ferimentos em um soldado.
Em um e-mail enviado para a imprensa, Sami Abu Zuhri, o porta-voz do Hamas na Faixa, advertiu que o ataque "é uma clara mensagem a Israel do que pode acontecer, caso inicie uma operação terrestre".
O Exército israelense informou, além disso, que uma mulher ficou ferida na sexta-feira (11) pela noite depois que um foguete caiu em uma casa na cidade de Be'er Sheva, a mais populosa do sul de Israel.
Ainda na sexta, outros três israelenses ficaram feridos, um deles com gravidade, depois que um projétil atingiu um posto de gasolina na cidade de Ashdod, um dia depois que dois soldados também foram feridos pelo impacto de uma bomba perto da Faixa de Gaza.
O sistema antimísseis 'Domo de Ferro' impediu, em boa parte, que houvesse baixas em Israel após interceptar dezenas de foguetes disparados de Gaza desde o início da operação.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu que seu país vai continuar e também intensificar a ofensiva militar contra a Faixa de Gaza.
Em comunicado oficial, o líder conservador revelou que o Exército israelense bombardeou mais de mil posições islamitas durante os quatro primeiros dias da ofensiva.
O chefe do Exército israelense, o general Benny Gantz, afirmou, por sua vez, que as tropas já estão preparadas para uma incursão terrestre e que só estão à espera da decisão política.
Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento.
A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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