sexta-feira, maio 30, 2014

Fechamento do aeroporto Augusto Severo gera reclamações no RN

Aeroporto Augusto Severo será entregue à FAB (Foto: Fernanda Zauli/G1)Comerciantes, taxistas e prestadores de serviço que trabalham no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, reclamam da falta de
comunicação sobre o encerramento das atividades do terminal. Segundo eles, não houve um comunicado oficial sobre a transferência das operações do terminal para o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. O novo aeroporto do RN começa a funcionar neste sábado (31). Com a transferência das operações comerciais para o novo aeroporto, o Augusto Severo será entregue à Força Aérea Brasileira (FAB).
"Nós estamos trabalhando e não sabemos como será no sábado. Se devemos vir pra cá ou não. Eu tenho um contrato de locação dessa loja até o próximo ano e não sei como vai ficar essa situação. A Infraero não fez nenhum comunicado sobre encerramento de contrato, nem nada parecido”, disse Raquel Rodrigues, proprietária de uma empresa de traslado.
A informação é confirmada por outros comerciantes que preferem não se identificar. Todos afirmam que não houve nenhum comunicado oficial por parte da Infraero sobre o fim das atividades do aeroporto Augusto Severo e a entrega das instalações das lojas. “Nós soubemos de tudo pela imprensa. Todos os meus funcionários estão cumprindo aviso prévio até o dia 30 e depois não sei o que será”, disse a proprietária de um restaurante no local.
A assessoria de imprensa da Infraero informou que os comerciantes começaram a ser notificados esta semana sobre a rescisão do contrato que será concretizada em 31 de julho.
Francisco Edilson de Sousa trabalha no Augusto Severo há 14 anos (Foto: Fernanda Zauli/G1)Francisco Edilson de Sousa trabalha no Augusto
Severo há 14 anos (Foto: Fernanda Zauli/G1)
O garçom Francisco Edilson de Sousa é  um dos que estará desempregado a partir deste sábado. Aos 54 anos, ele diz que uma das maiores dificuldades para encontrar um novo emprego tem sido a idade. “Eu trabalho aqui no aeroporto há 14 anos. Quando soube da demissão já comecei a procurar outro emprego, mas a minha idade tem sido um problema. As pessoas me acham velho pra me contratar”, disse.
Outra categoria afetada com o encerramento das atividades do Augusto Severo é a dos taxistas. De acordo com a Cooperativa dos Proprietários de Táxi do Aeroporto Internacional Augusto Severo (Aerocooptaxi), 74 carros atuam no local. “Cada carro tem dois motoristas, então podemos considerar que 150 famílias ficarão desamparadas com o fechamento do aeroporto”, disse Francisco Canindé Costa, vice-presidente da Aerocooptaxi.
Segundo ele, não foi apresentada nenhuma proposta para a transferência dos veículos para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. “A Infraero nos estimulou a comprar carros novos para atender a demanda da Copa do Mundo e agora nós estamos nesta situação. Eu mesmo troquei meu carro e pago uma prestação de R$ 900. E agora? Como eu vou pagar? O jeito vai ser voltar a trabalhar na rua. Mas, a gente sabe que não é a mesma coisa. O padrão de vida de todo mundo aqui vai cair”, afirmou.

Taxistas afirmam que foram incentivados a trocar os carros para atender demanda da Copa do Mundo (Foto: Fernanda Zauli/G1)

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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