quinta-feira, março 06, 2014

'PMDB é o partido que mais está na situação de oposição’, diz líder do PT

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP) (Foto: Gustavo Lima/Câmara)O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (6) que o PMDB, principal sócio da presidente Dilma Rousseff no governo federal, é o
partido que atualmente mais representa a “oposição”. O petista criticou a postura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), de defender uma reflexão sobre a aliança entre as duas legendas e ponderou que uma sigla governista não pode “ter duas caras”.
“Não se pode ser situação e oposição ao mesmo tempo. O PMDB é o partido que mais está na situação de oposição”, afirmou o líder do PT em entrevista na Câmara.
Apesar de o PMDB integrar a base de apoio à gestão da presidente Dilma, Eduardo Cunha tem sido, desde o último ano, um dos maiores críticos do Palácio do Planalto na Câmara.
Nesta quinta (6), o peemedebista disse, em sua conta no microblog Twitter, que a necessidade de discutir a aliança entre o partido e o PT não está "restrita" à parceria entre as duas siglas no governo do Rio de Janeiro. No início da semana, também por meio da internet, Cunha disse que "está cada vez mais convencido" de que o PMDB precisa "repensar" a aliança com o PT.
De acordo com Vicentinho, no PT não existe “nenhuma vontade de rever a relação com a sigla aliada. “É um partido importante. Não é partido da base aliada, é um partido governista, porque detém a Vice-Presidência da República, com o Michel Temer. O que existe é gente fula”, disse o petista.
O deputado petista defendeu ainda que o governo priorize o diálogo com a direção nacional do PMDB em vez de conversar, sobretudo, com o líder do partido na Câmara. “O tratamento tem que ser com o PMDB, com a direção do partido, não só com o líder do PMDB. Tem que ter a participação do Temer, inclusive. Sem excluir o Eduardo Cunha, mas não ter diálogo somente com ele”, afirmou.
Sem citar o nome de Cunha, Vicentinho criticou “ameaças” de rompimento do PMDB com o governo federal. “Nenhum partido da base do governo pode ser duas caras Essa história de ameaça, de sair fora, eu tenho dúvidas de que proceda. Mas recomendamos que o governo converse com a base aliada.”
Blocão
Insatisfeitos com a falta de diálogo com o Palácio do Planalto e o excesso de projetos com urgência constitucional que trancam a pauta do Congresso, sete partidos da base aliada e o oposicionista Solidariedade, formaram o chamado “blocão” na Câmara.
O grupo, liderado pelo PMDB, anunciou que se reunirá toda semana para articular a pauta de votações e defender posições comuns. O objetivo é pressionar o Planalto e aumentar o poder de negociação com o Executivo.
Um dos argumentos usados para a formação do bloco foi o de “fortalecer o Congresso” e viabilizar a votação de projetos de autoria e interesse dos parlamentares. Para Vicentinho, porém, o “blocão” não reforçar o papel do parlamento. “Esse é um argumento furado. Fortalecer o Congresso é viabilizar votações e não obstruir ou derrubar projetos”, disse.

Reprodução Cidade News Itaú

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