Confiante no hexa, Casagrande defende convocação de Kardec e critica Pato

Walter Casagrande Júnior, ídolo do Corinthians e um dos líderes da Democracia Corintiana, também foi destaque no futebol italiano, no Torino e no Ascoli. Com passagem

pelo São Paulo, o hoje comentarista conversou com a Jovem Pan sobre a troca entre Jadson e Pato e disse concordar com Felipão sobre favoritismo do Brasil na Copa.

Para ele, os dois jogadores precisavam trocar de ares, pois estavam sem espaço em seus times. “Jadson estava encostado e o Pato queimado com a torcida do Corinthians. A mudança deu possibilidade para eles jogarem novamente”. Segundo Casagrande, era algo necessário, e o alvinegro levou vantagem na negociação, já que o meia pode atuar no Paulistão, e já fez dois bons jogos – inclusive marcando gol na partida contra o Oeste.

O agora atacante são-paulino, no entanto, recebeu críticas de Casagrande. “O Pato não dá pra entender porque não deu certo. O que me parece é que ele não demonstra interesse pela situação profissional. Para ele está sempre tudo normal. Se a coisa está ruim está tudo bem, se está boa também está legal”.

Casagrande também lembrou de sua negociação com o tricolor, em 1984: “Fomos eliminados pelo Fluminense e a oposição deu um golpe na Democracia [Corintiana]. O Sócrates foi vendido para a Itália e o conselho fez abaixo assinado para eu sair, sem nenhum motivo”.

A troca, no entanto, acabou sendo benéfica, e deu ao atacante a chance de ser convocado para a Seleção Brasileira. Hoje, pensando na Copa de 2014, Casagrande aposta na dupla que vem sendo titular com Felipão, Jô e Fred, mas apostaria também em Alan Kardec. “Ele está numa ótima fase. Eu levaria para o amistoso contra a África do Sul para ver o desempenho”.

Presente na Copa de 86, quando o Brasil foi eliminado nas quartas-de-final pela França, Casagrande aposta no hexa em 2014. Para ele, Felipão conseguiu passar aos jogadores a responsabilidade de disputar uma competição no Brasil. “Eles entenderam na Copa das Confederações e, se jogarem com a mesma intensidade, dificilmente vão perder”.

Sobre o episódio da invasão ao CT Joaquim Grava no início do mês, que teve algumas prisões de torcedores decretadas nesta quinta-feira, Casagrande afirmou: “Torcedor tem direito de xingar, de chiar e de torcer no estádio, não de invadir um treinamento ou estádio pra bater. Tinha que ter punição mesmo, pois é um absurdo, as pessoas estão confundindo as coisas”.

Reprodução Cidade News Itaú