segunda-feira, dezembro 02, 2013

Empresa cria cinto de castidade moderno e levanta polêmica sobre formas de prevenir o estupro

20131201-092800.jpgA discussão sobre o estupro é polêmica em todos os âmbitos – inclusive no que diz respeito às
formas de evitá-lo. A mais recente delas é um short antiestupro desenvolvido por uma empresa norte-americana, que promete criar uma barreira intransponível contra agressores. Mas há como evitar o estupro sem ferir as diferentes formas de liberdade da mulher? A responsável pela Delegacia Especializada de Atendimentos à Mulher de Belo Horizonte, Margaret de Freitas Assis Rocha, acredita que, por mais que algumas situações possam ajudar a prevenir que o crime aconteça, nada justifica a mulher ser cerceada de seus direitos.

No entanto, mais de um século após o sufrágio universal, em uma era em que mulheres governam países e chefiam empresas multinacionais, a delegada ressalta que ainda é necessário encontrar “uma maneira para que as mulheres possam andar em liberdade”. “Nossa sociedade ainda é machista e patriarcal e não possibilita isso. A mulher é desenhada como um objeto de posse. O ideal é que possamos andar com liberdade e isso inclui escolher com quem manter relações sexuais”, ressalta.

Mas o ideal parece longe de ser realidade. No Brasil, os estupros ainda são um problema de segurança grave. Na última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que contém dados sobre todas os boletins de ocorrência registrados em 2012, o número desses crimes no país superou os de homicídios dolosos (aqueles em que não há a intenção de matar). No ano, foram registrados 50.617 casos de estupro, o que equivale a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. A marca representa um aumento de 18,17% em relação a 2011, quando a taxa foi de 22,1 por grupo de 100 mil.

Reprodução Cidade News Itaú via Robson Pires

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