quarta-feira, outubro 02, 2013

Projeto de lei sobre opção sexual causa polêmica em Florianópolis


O projeto de lei que busca dar tratamento psicológico para homossexuais está gerando polêmica em Florianópolis. A proposta é do vereador Deglaber Goulart, que, há cerca de quatro meses, recebeu críticas por querer implantar banheiros "unissex" nos estabelecimentos da capital. O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP/SC) é contra o "tratamento psicológico".
Neste novo projeto, o parlamentar sugere a capacitação de psicólogos para trabalhar a orientação sexual dos pacientes. "Fui consultado por uma família carente, que tem um jovem que é homossexual e não consegue assumir. Ele está em depressão. E surgiu a ideia de como colaborar para poder fazer esse tratamento para poder libertá-lo no sentido de ele assumir sua sexualidade e poder tocar a vida em frente", explica Deglaber.
Para criar a proposta, o vereador usou a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), que apresenta como patologia transtornos de identidade e preferencia sexual. "Não é cura gay, que não tem nada a ver. Isso que nós estamos trabalhando é a parte psicológica do homossexualismo", defende-se.
O CRP/SC entende que essa inclusão é apenas para garantir direitos. A entidade se coloca contra o projeto. "A população já tem acesso a esses serviços. Se é no sentido de garantir direitos, que eles tenham acesso a atendimento psicológico, eles já têm, mas não de um ponto de vista mais patológico, de querer rotular mesmo um grupo específico", disse a conselheira Cláudia Cruz.
O vereador Tiago Silva fez duras críticas à proposta. "É um projeto que não vai contribuir com nada com a cidade. É um projeto que pode, infelizmente, servir de exemplo para algumas câmaras municipais, até porque é muito semelhante ao projeto do deputado Feliciano. A cidade tem outros debates: a falta de creche, a falta de um plano diretor e a licitação do transporte público".
O projeto deve passar por pelo menos três comissões da Câmara para depois ir à votação no plenário. A discussão que pode durar aproximadamente três meses.

Reprodução Cidade News Itaú

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