sábado, agosto 10, 2013

No AP, marido diz que perdoa esposa por ter envenenado a filha do casal

Enoli Lara Figueiredo, mãe do bebê de 7 meses (Foto: Reprodução/TV Amapá)
O motorista Ademilson Barros, 25 anos, disse ao G1 que perdoa a esposa, Enoli Lara Figueiredo, 23 anos, que confessou ter envenenado com chumbinho a filha do casal de apenas 7 meses: "Eu não tenho ódio. Se ela pedir perdão, com certeza vou perdoar porque acredito que em estado normal, ela não faria isso".
Na quinta-feira (8), em depoimento à polícia, Enoli Figueiredo confessou ter envenenado a filha de 7 meses com chumbinho, usado para matar ratos. A mãe alegou, segundo a titular da Delegacia de Crimes Contra Mulher (DCCM), Vilani Feitosa, que "vozes de espíritos" pediram para ela se matar junto com o bebê.
"Ela não estava normal. Não sei se foi problemas espirituais, mas vamos correr atrás de tratamentos para saber se realmente é algo psiquiátrico", acentuou Ademilson Barros.
Ainda muito abalado com o caso, o pai do bebê prefere não ter a imagem revelada. Ele destaca que até o momento não sentiu coragem de falar com a mãe da criança e nem vê-la. "Ainda não consigo. Não é raiva dela. Apenas receio", resumiu.


Enoli está na penitenciária feminina onde aguarda por julgamento. A mãe foi presa em flagrante e enquadrada por tentativa de homicídio. "Pessoas da família conversaram com a mãe. Ela chegou a se mostrar bastante arrependida", relatou.
O casal vive junto há 3 anos. Para o pai, a família era considerada tranquila pelo fato de nenhum dos dois terem algum tipo de vício com bebidas ou fumo.
"Nunca brigamos e nem chegamos a discutir de forma mais forte. Sempre fomos pessoas calmas e gostávamos de ser bem discretos, o que até surpreendeu algumas pessoas. Quando descobrimos que ela estava grávida, começamos a morar juntos e era só amor e carinho, tanto que a criança é forte e grande", descreveu o pai, a vida do casal.
Perguntado se pretende continuar com o casamento, ele não demonstrou vontade de mantê-lo. "Não tem condições. Ninguém me garante que ela não vai fazer isso novamente com o bebê e até comigo. Como vou conseguir dormir ao lado dela?", indagou o pai que está recebendo apoio de assistente social.
Os pais dividiam os cuidados com a criança. Quando um saía para trabalhar, o outro ficava responsável pelo bebê. Ademilson, que pretende pedir a guarda da criança comentou que pode permitir o contato da mãe com o bebê, mas de forma acompanhada: "Vou levar minha filha para visitá-la, mas vou acompanhar de perto poque ainda tenho receio".
Recuperação
A bebê de 7 meses foi encaminhada a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Pediatria, na quinta-feira (8). Segundo o pai, que acompanha de perto o caso da filha, ela ainda permanece internada na UTI com ajuda de aparelhos com o quadro de saúde estável.
"Ela se mexeu e conseguiu me reconhecer. Isso foi uma vitória devido ao estado em que chegou ao hospital", comemorou Ademilson. Ainda sem previsão de alta, a criança vai completar 8 meses de vida na terça-feira (13).

Reprodução Cidade News Itaú

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