O “cortejo fúnebre da Segurança Pública” realizado pelos policiais civis do Rio Grande do Norte na manhã desta sexta-feira (12) conquistou mais do que uma nova promessa de audiência com representantes do Governo: a mobilização reafirmou o que a categoria já sentia no dia a dia de trabalho: a população está ao seu lado, como demonstraram vários cidadãos por onde a carreata passou, antes de chegar ao Centro Administrativo.
Muitos foram os acenos positivos dos operários da construção civil, vendedores (centro da cidade), profissionais da saúde (Walfredo Gurgel), da Caern e de outros órgãos públicos (até mesmo do Centro Administrativo). Sem contar os aplausos das muitas donas de casa, que de suas janelas elogiavam o ato #acordaRosalba (uma até mostrou a bandeira do Brasil e outra trouxe um pano preto para demonstrar seu luto).
A solidariedade também se estendeu aos motoristas de ônibus, de viaturas da Semob, do Samu e de outros serviços públicos e houve até mesmo a corrida inusitada de uma funcionária de uma floricultura, que, ao ver o “caixão da segurança pública”, deu sua contribuição com a entrega de flores fúnebres.
Com ampla cobertura da imprensa e forte apelo à opinião pública, o Governo, após ignorar mais de 30 ofícios de solicitações de audiências, informou aos manifestantes, através da chefia de Segurança Pública da Governadoria, que o chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, orientou o secretário de Administração, Alber da Nóbrega, para que receba os representantes da categoria no início da próxima semana.
O SINPOL, então, mais uma vez ao final do ato de hoje, protocolou ofícios solicitando audiências urgentes com os secretários de Administração e da Segurança Pública, reforçando que a categoria já aprovou um indicativo de greve para iniciar na próxima quinta-feira (18). Em tempo: os policiais também realizaram o “funeral da segurança pública” nas salas de espera dos órgãos.
Reprodução Cidade News Itaú
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