terça-feira, maio 21, 2013

Diretor de “Amor à Vida” volta a levantar discussão sobre plágio em suas novelas


Assim como fez na cena da morte de Salomão Hayala em “O Astro”, inteiramente calcada em uma passagem do filme “Watchmen”, Mauro Mendonça Filho não teve pudor algum em refazer uma passagem inteira de “O Expresso da Meia-Noite” no primeiro capítulo de “Amor à Vida”.

A cópia foi notada por muitos espectadores no Twitter. A prisão do personagem Ninho (Juliano Cazarré) na pista do aeroporto na Bolívia é idêntica à que ocorre no célebre filme de Allan Parker, de 1978, que descreve o calvário do americano Bill Hayes, preso na Turquia com drogas. Há semelhanças em toda a cena, desde a ida ao banheiro até a prisão na pista, passando pela sequência no detector de metais e no pedido para que a namorada entrasse no avião.

Quando a cópia a “Watchmen” foi observada, em 2011, questionei Mendonça, que assim justificou o seu ato:

Existe uma enorme cadeia de referências, que vão se repetindo, às vezes invisíveis, às vezes não, em todo o audiovisual. É lógico, que sim. Não tenho o menor problema em dizer isso. Acho uma baita hipocrisia essa patrulha da originalidade. E na escrita, o mesmo. Você percebe o estilo de Moliére em Ariano Suassuna. Qual jornalista pop não bebeu em Hunter Thompson? O aclamado “Kill Bill” (de Quentin Tarantino), que é um baita filme. É todo igual ao origianl do Bruce Lee. Até o macacão amarelo é igual.

A discussão é boa. Plágio ou referência? É necessário dar crédito? O espectador que não conhece a “referência” deve ser advertido de que não está vendo algo original? Veja abaixo o trecho do filme em versão dublada e aqui a cena da novela (é o 14º trecho).

Reprodução Cidade News Itaú

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