quarta-feira, maio 08, 2013

Deputados confiam que promotor boliviano agilizará caso de torcedores presos


Os membros do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados, criado para seguir a situação dos 12 torcedores do Corinthians presos na Bolívia pela morte de um menor, acreditam que a visita do promotor boliviano ao país, para ouvir um possível culpado, agilizará o andamento do caso.

"Houve um avanço com a vinda do promotor boliviano ao Brasil para escutar o menor que confessou ter lançado o sinalizador", relatou em comunicado o deputado e coordenador do grupo, Vítor Paulo.

Os 12 torcedores Corinthians são acusados pela Promotoria boliviana de ter responsabilidade na morte do adolescente Kevin Espada, de 14 anos.

Espada, torcedor do San José, morreu no último dia 20 de fevereiro após ter o rosto atingido por um sinalizador lançado pela torcida do Corinthians, que comemorava o gol marcado pelo atacante peruano Paolo Guerrero.

A partida pela fase de grupos da Taça Libertadores, disputada em Oruro, na Bolívia, terminou empata em 1 a 1.

Dos 12 brasileiros presos, dois são acusados de homicídio e outros dez por cumplicidade.

Na mesma semana do incidente, um menor de 17 anos se apresentou perante as autoridades da capital paulista e afirmou ser o responsável de ter lançar o sinalizador que originou a morte do jovem boliviano.

Segundo o deputado Victor Paulo, além da visita do promotor boliviano, a Justiça brasileira realizou a reconstituição dos fatos e encaminhou às autoridades do país andino um vídeo com o relatório de peritos sobre o ocorrido.

"Esses elementos são suficientes para que o juiz reconsidere a prisão dos 12 brasileiros", citou o congressista.

Nesta terça-feira, o Grupo de Trabalho da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional se reuniu com representantes dos ministérios das Relações Exteriores e Justiça, Secretaria de Direitos Humanos e a Ordem de Advogados do Brasil (OAB).

Na próxima semana, o deputado acompanhará o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em uma viagem à Bolívia para tratar do assunto.

Cardozo pedirá à Justiça boliviana a prisão domiciliar dos envolvidos e, para isso, a Embaixada brasileira em La Paz já teria alugado uma casa em Oruro.

O presidente da Comissão, Nelson Pellegrino, assinalou que os próximos 15 dias "serão decisivos" no processo e lembrou que cinco dos torcedores presos estavam fora do estádio quando ocorreu o incidente, já que ainda não haviam conseguido entrar no estádio. 

Reprodução Cidade News Itaú

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