sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Polícia descobre plano para matar prefeito no Amazonas




Dois falsos advogados e três pistoleiros foram presos na manhã desta sexta-feira (15) em Manaus pela Polícia Civil sob suspeita de tramarem as mortes do prefeito de Rio Preto da Eva, Luiz Ricardo de Moura Chagas (PRP), 45.

Ele assumiu o cargo em janeiro e encontrou um rombo nas contas públicas de R$ 10 milhões.

Segundo a polícia, o plano era matar também o vice-prefeito do município, Ernani Nunes Santiago (PRB), o ouvidor geral do município, Erick Franco de Sá, 39, e o empresário do ramo de automóveis, Antônio Carlos dos Santos.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Roberto Vital, afirmou que a tese da investigação é de motivação política. "Eles estavam tramando contra a vida do atual prefeitos e dos outros políticos do município", disse.

Conforme as investigações, os principais suspeitos de serem mandantes da trama são o candidato a prefeito derrotado Anderson José Souza (PTB) e o ex-prefeito da cidade Fúlvio Pinto (PPS). Nesta manhã, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de ambos em Rio Preto da Eva, a 57 km ao norte de Manaus.

A motivação política, segundo as investigações, seria denúncias do prefeito Luiz Ricardo Chagas. Ao assumir o cargo, ele encontrou um rombo nas contas públicas de R$ 10 milhões deixado pela administração de Fúlvio Pinto.

Os funcionários não receberam os salários dos meses de outubro, novembro e dezembro, que somam um total de R$ 2 milhões.

Alvo da trama, o ouvidor geral do município, Erick Franco de Sá, 39, disse à Folha que a polícia chegou aos cinco suspeitos após uma denúncia, formalizada em janeiro no distrito policial local.

Segundo ele, o prefeito Luiz Ricardo de Moura Chagas trocou de carro e mudou os trajetos de casa para o trabalho para evitar a execução do plano.

"Os criminosos fizeram várias tentativas, mas parece que tinha a mão de Deus em cima", afirmou Franco de Sá.

Entre os presos na operação desencadeada hoje estão Bolivar de Almeida Maués e seu filho, Bruno Leandro de Almeida Maués, respectivamente irmão e sobrinho do deputado federal Raimundo Sabino Castelo Branco Maués (PTB).

Durante as prisões, a polícia encontrou com Bolivar e Bruno Maués carteiras falsas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) seccionais São Paulo e Paraíba, duas armas, sendo um revolver calibre 38 e espingarda, além de documentos do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amazonas.

"Certamente eles iriam advogar em prol da causa que estavam planejando", disse o secretário Roberto Vital.

À reportagem, a assessora de Bolívar Maués, sua irmã Marlúcia Maués afirmou que não tinha nada a declarar sobre as prisões.

Reprodução Cidade News Ita

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