terça-feira, fevereiro 26, 2013

MP deve denunciar investigados em Santa Maria por homicídio qualificado


Homenagens em frente da boate Kiss começaram na madrugada de terça (29) (Foto: Nabor Goulart/AP)Incêndio na boate Kiss deixou 239 pessoas mortas
em Santa Maria (Foto: Nabor Goulart/AP)
Após a conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, o Ministério Público pretende denunciar por homicídio doloso qualificado os quatro investigados que estão presos provisoriamente na penitenciária estadual do município: os sócios da boate Kiss Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffman, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos, e o produtor do grupo, Luciano Augusto Bonilha Leão.
Conforme o promotor Joel Dutra, há consenso entre os promotores que acompanham o caso. A tragédia da madrugada do dia 27 de janeiro deixou 239 vítimas. "Estamos acompanhado o inquérito desde o início, os elementos colhidos nos permitem essa denúncia. É preciso materialidade, indícios de autoria, e apontamentos para o descaso dos acusados com a possibilidade de tal resultado", explicou o promotor ao G1 nesta terça-feira (26).
Joel Dutra explicou, em seguida, o motivo de a decisão ter sido por homicídio doloso qualificado. “É quando tem a intenção de matar, ou quando se assume o risco de matar. Já a asfixia, motivo pelo qual pessoas morreram, qualifica o crime conforme o artigo 121 do código penal".
A previsão é que o inquérito seja finalizado pela polícia no domingo, dia 3 de março, mas um pedido de prorrogação de prazo pode ser solicitado. Os delegados Sandro Meinerz e Marcelo Arygoni estão em Porto Alegre para tratar do assunto em reunião no Palácio da Polícia. Mais de 350 pessoas já foram ouvidas nas investigações e, até o fim desta semana outras 150 devem prestar depoimento. Os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) são esperados para os próximos dias.
Conforme o promotor Joel Dutra, após a conclusão do inquérito, o MP tem cinco dias para oferecer a denúncia. "Como são muitas páginas, o que nos exige tempo, trabalhamos com ajuda de um colega de Porto Alegre para cumprirmos o prazo", salientou. Depois, o documento é enviado para o poder Judiciário, que recebe ou não a denúncia.
Também nesta terça-feira, o Ministério Público se manifestou contrário ao pedido de prorrogação de prisão de Elissandro Spohr. A solicitação foi feita pelo advogado da parte, Jader Marques. O documento já foi remetido à Justiça, e deverá ser analisado pelo juiz Ulysses Louzada entre esta terça e a quarta-feira (27).

Reprodução Cidade News Itaú

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