Representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Rio Grande do Norte (Incra/RN) se deslocaram até o ponto obstruído por representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na BR-406, em Ceará-Mirim, na Grande Natal, onde tentam negociar a saída dos manifestantes e o desbloqueio da rodovia. A BR-304, em Mossoró, também foi obstruída pelos manifestantes na manhã desta terça-feira (26).
Segundo a assessoria de imprensa do Incra, o órgão ainda não recebeu qualquer documento dos manifestantes, “apenas uma solicitação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que representantes da Superintendência do Rio Grande do Norte se fizessem presentes em Ceará-Mirim”, informou.
Ainda de acordo com a assessoria, foram até o local do bloqueio o superintendente adjunto do Incra, Erlon Fernandes, e o chefe de gabinete do Instituto, Íbero Hipólito. A assessoria confirmou também que os dois vão tentar negociar com os manifestantes a desobstrução da via e analisar a pauta de reivindicações para tentar propor soluções aos problemas relatados pelos assentados.
Quanto ao município Mossoró, no Alto Oeste, onde o MST fechou a BR-304, o Incra afirmou que não recebeu qualquer notificação, seja por parte dos manifestantes ou da Polícia Rodoviária Federal.
Ekeoma dos Santos, militante do MST, disse ao G1 que as rodovias foram fechadas com galhos de árvores e pneus em chamas, impedindo a passagem de veículos. Segundo o militante, a movimentação não tem horário para terminar. O grupo exige abrir diálogo com o Governo do Estado.
Ekeoma afirmou que o MST quer pressionar, tanto o Governo do Rio Grande do Norte quanto o Governo Federal, pois, segundo ele, há mais de 2 anos não é realizada nenhuma desapropriação ou reforma na estrutura fundiária no estado. “A pauta tem muitos pontos de reivindicação, mas esse é um dos principais”, explicou. Ekeoma também disse que a melhoria dos assentamentos também integra a pauta de reivindicações.
Reprodução Cidade News itaú
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