segunda-feira, novembro 26, 2012

Delegacia de Defraudações fecha ano com aproximadamente 100 inquéritos concluídos

Delegado_Jose_Vieira

Considerada uma das que mais atende ao público de uma forma geral, a Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) pela primeira vez fecha o ano com uma extensa gama de casos solucionados e diversas pessoas presas.

Durante este ano, a DP contabilizou em sua rotina aproximadamente 100 processos concluídos e enviados à Justiça. O montante de casos resolvidos é graças a uma estruturação que a Delegacia passou, no início do ano, com a chegada de um delegado, cinco agentes e um escrivão, além de passar a funcionar em um local mais acessível ao público.
De acordo com o delegado José Vieira Castro, titular da Delegacia de Defraudações, este ano foram realizadas duas grandes operações, que prenderam quadrilha de falsários e estelionatários, que vinha agindo com Mossoró e região.
Denominadas de "Operação Luís Inácio" e "Operação Zero Grau", as duas ações resultaram nas prisões de aproximadamente 15 pessoas que vinham utilizando a Internet para aplicar golpes e lesar inocentes.
"Durante essas duas ações que realizamos, conseguimos impedir as quadrilhas de aplicarem golpes via internet. Os envolvidos, quase todos de Mossoró, já estavam alcançando todo o Nordeste em sua práticas delituosas", destacou.
Para o delegado, uma das maiores dificuldades enfrentadas durante todo este ano foi à falta de estrutura para realizar as operações, que só vieram a ser supridas com a chegada de novos policiais. "Quando recebemos o reforço de novos agentes, somando aos que já estavam conosco, foi que pudemos colocar em prática o planejado e hoje estarmos dando satisfação à sociedade, do nosso dever", disse. 



Ocorrências
José Vieira disse também que com a estruturação da DP, a população passou a procurar mais os serviços da Delegacia de Defraudações e assim denunciar as ocorrências com mais frequência. Entre os casos denunciados pela população, o top de linha ainda são os casos envolvendo aposentados. "Os golpistas se aproveitam da fragilidade dos velhinhos para aplicar seus golpes, principalmente em empréstimo consignados, onde documentações são falsificadas e as vítimas têm seu dinheiro desviado para pagar empréstimos que elas não contraíram", destacou.
O delegado conta ainda, que boa parte dos casos envolvendo aposentados geralmente tem a participação de um familiar da vítima. "Em muitos casos, um parente se aproveita da fragilidade dos idosos para tirar algum proveito. Mas estamos atentos e à disposição da sociedade para combater este tipo de abuso, basta só fazer a denúncia e nós vamos investigar", destacou.
Para o delegado, qualquer denúncia pode ser feita por telefone para o número 84 3315-3542, ou procurar a Delegacia de Defraudações, na avenida Presidente Dutra, bairro Alto de São Manoel. O horário de funcionamento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Este ano, nem as igrejas escaparam dos golpistas
Nas inúmeras ocorrências registradas em Mossoró este ano, na área das defraudações, nem as instituições religiosas escaparam da ação dos falsários. Em janeiro, agentes da DP de Defraudações prenderam o carioca Walter Lins dos Santos, 47, acusado de aplicar golpes em instituições religiosas.
Na ocasião, ele tentava vender assinaturas de jornais se passando por funcionário das empresas de comunicação. O acusado chegou à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no conjunto Abolição II, e quando tentava vender um pacote de assinaturas de um jornal foi flagrado pelos seguranças que acionaram a polícia.
Levado à DP o estelionatário disse que estava hospedado em um hotel no Alto de São Manoel e quando os policiais fizeram uma busca no quarto encontraram carimbos dos seguintes jornais: O Mossoroense, Gazeta do Oeste, Diário de Natal, Diário do Nordeste, O Povo e Correio da Paraíba. Com ele havia também diversas mídias de bandas musicais e um celular.
Walter Lins foi indiciado por estelionato e está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Alto de São Manoel. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto na cidade de Itaberitó, em Minas Gerais, pelo mesmo crime de estelionato.

Professora universitária lesada no conto do bilhete premiado em Mossoró
Um dos casos que mais chamou a atenção dos agentes e delegado da DP de Defraudações, foi um episódio envolvendo uma professora universitária, vítima do "conto do bilhete premiado.
Conforme o delegado José Vieira, a professora teve seu nome preservado, porém ela acreditou na conversa de um estelionatário e comprou um bilhete, supostamente premiado, pelo valor de R$ 20 mil, amargando assim um prejuízo grande.
O delegado explica que é bastante comum esse golpe, porém em pessoas não esclarecidas, se surpreendendo assim com a atitude da professora. "O conto do bilhete premiado é muito usado em cidades pequenas, porém tem ocorrido com frequência aqui em Mossoró, principalmente com pessoas esclarecidas", disse.
A professora comprou o bilhete de um homem que disse ser pobre e que havia ganhado na loteria, mas não tinha como pegar o prêmio, devido seu nome estar sujo nas instituições credoras. Na ocasião, o falsário contou com a ajuda de um comparsa para confirmar e aplicar o golpe.
Depois de comprar o bilhete e não conseguir resgatar o suposto prêmio de R$ 100 mil, a professora acionou a polícia para resolver o caso.
"Quando ela procurou a polícia nada mais poderia ser feito. A professora acusou o homem de ter lhe aplicado o golpe, mas não tinha prova. O acusado foi levado à DP e colocado frente a frente com a vítima, porém legalmente era a palavra dela contra a do homem, sem nenhuma testemunha", disse.

O conto
O conto do bilhete premiado consiste em uma pessoa oferecer um bilhete de loteria, dizendo que foi sorteado, mas não tem como resgatar o prêmio, por estar com o nome sujo ou não saber como se dirigir a uma agência da Caixa Econômica. "O falsário oferece o bilhete e conta sempre com a ajuda de alguém bem vestido, se passando por alguém esclarecido, que faz uma ligação e afirma que o prêmio é verdadeiro. Quando a vítima vai sacar o dinheiro, descobre que foi lesada", concluiu o delegado.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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