domingo, julho 15, 2012

Guamaré é a terceira maior renda per capita do NE


Cezar Alves
Exploração e beneficiamento de petróleo em Guamaré eleva renda per capta

O município de Guamaré aparece na terceira posição entre as 15 principais cidades apontadas pelo Banco do Nordeste do Brasil com o maior PIB per capita em sua área de atuação que corresponde à região Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo.
O resultado da pesquisa foi publicado no último dia 12 de julho e, de acordo com o banco, admitindo o ano de 2009 como referência, há sete cidades da Bahia no topo da lista e três de Sergipe.
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Maranhão registraram um município cada.
Os dados foram levantados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE), na pesquisa denominados “Nordeste do Brasil: Sinopse Estatística2012” – um diagnóstico social e econômico da área de Atuação do BNB; e “Nordeste em Mapas”. 
Para o professor, Raimundo Fernandes, da Universidade Potiguar (UNP), campus de Mossoró, especialista em Cenários Econômicos, as desigualdades sociais no Brasil e principalmente no Nordeste ainda são muito elevadas, contudo, o PIB per capita sozinho não revela que a riqueza produzida em Guamaré não está sendo revertida em benefícios para a população local. “O PIB per capita é uma análise importante. Aproxima um pouco a noção da riqueza gerada e uma ideia de como ela é distribuída, porém é necessário observar outros indicadores dentro do conjunto da sociedade, sobretudo na questão da renda pessoal”, explica.
Os municípios que ocuparam as três primeiras posições do ranking foram São Francisco do Conde (BA), com R$ 360.815,80 por pessoa; Ipojuca (PE), com R$ 93.791,80, e Guamaré (RN) 90.233,40. De acordo com o Etene, as cidades que ocuparam essas colocações têm, de forma geral, características excepcionais, puxadas por refinaria, Porto de Suape e Polo Industrial da Petrobras.
Ele disse que alguns fatores contribuem para que essa riqueza produzida nessas cidades não seja refletida no bem-estar dos habitantes. “Há sérios problemas sociais. Não se pode considerar como próspera a riqueza produzida se ela não tem sido convertida em melhorias para as pessoas do local. Podemos citar como exemplo o fato da população flutuante que aparece como residente em Guamaré, mas na verdade vem de outros estados para trabalhar por lá; na concentração de renda e da distribuição dos royalties que também fica concentrada na mão de poucos”, observa.

Fonte: Defato/Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!