terça-feira, março 13, 2012

Senadores negam que tenham servidores fantasmas em seus gabinetes

Os senadores José Agripino Maia (DEM) e Paulo Davim (PV) negaram ontem, através de nota, que empregassem funcionários fantasmas nos respectivos gabinetes, como informou reportagem do jornal "O Globo". O democrata, que é presidente nacional do DEM, explicou que a estudante de medicina Gleika Maia esteve na Espanha durante 15 dias em 2011 sem comunicar ao gabinete em Brasília, e por isso foi exonerada ainda na época. A estudante foi acusada de realizar estágio na Espanha enquanto recebia o salário mensal de R$ 4 mil de um cargo no Senado. 
Já o senador Paulo Davim defendeu a permanência em seu gabinete da médica Carla Karini de Andrade Costa e do advogado João Henrique Oliveira Sales, ambos citados em matéria do jornal. O pevista garantiu que os dois têm importância fundamental em seu gabinete. 
Senador na vaga aberta devido à nomeação de Garibaldi Filho para o Ministério da Previdência, Paulo Davim explicou que as contratações "são absolutamente pertinentes e necessárias". Para a contratação da médica por seu gabinete, Davim explica que "80% dos seus pronunciamentos no Senado Federal, além de proposições de projetos de Lei, versam sobre a temática da saúde", o que faz necessária a consultoria da médica. Sobre a permanência do advogado, ele explicou que o profissional presta assessoria na parte legal das proposições parlamentares.
"Todas nossas medidas estão abrigadas pela Lei. A Constituição diz que o profissional médico pode trabalhar até 60 horas em até dois vínculos públicos. Carla Karini é uma profissional autônoma, não tem vínculo público e, portanto obedece a todos os pré-requisitos legais para o assessoramento parlamentar, pela total disponibilidade e competência", disse Davim.
Sobre a contratação do advogado, Davim também disse que está amparado pela lei. Segundo o senador, o advogado João Henrique Oliveira Sales, lotado no escritório em Natal, faz MBA em Finanças e Administração Pública na Paraíba, mas apenas dois dias por semana. "A iniciativa de aperfeiçoamento técnico em sua área de atuação também é uma prática absolutamente amparada pela Lei, que permite ao servidor a busca por esse tipo de aprimoramento". 
Segundo o material jornalístico de O Globo, Agripino havia empregado em seu gabinete uma sobrinha do deputado federal João Maia (PR), Gleika de Araújo Maia. Ela havia sido nomeada em agosto do ano passado, mas atuava como assessora de Agripino no Rio Grande do Norte. Gleika, ainda segundo O Globo, fazia curso na Espanha e estuda Medicina na Universidade Potiguar. João Maia é primo de Agripino.
Ontem, a assessoria de imprensa de José Agripino enviou explicações aos jornais. Segundo a assessoria, Gleika Maia foi exonerada no ano passado, quando passou 15 dias na Espanha e não comunicou o fato ao gabinete do Democrata, em Brasília. "O senador José Agripino informa que a ex-servidora de seu gabinete Gleika Maia, lotada no Rio Grande do Norte, não reside na Espanha, conforme insinua matéria publicada no jornal O Globo deste domingo (11). O presidente do Democratas confirma que a ex-servidora esteve na Espanha durante 15 dias em 2011 e não comunicou ao gabinete em Brasília. Por esse motivo, foi exonerada no dia em que a chefia de gabinete teve conhecimento do fato", informou.
Apesar das explicações, o presidente nacional do Democratas se mostrou surpreso com o fato e disse ao Globo que não sabia que uma servidora do seu gabinete fazia curso na Espanha. "Eu não sabia disso e, ao ser informado de que era verdade, mandei afastá-la. Houve quebra de confiança", disse ao jornal carioca, deixando entender que a exoneração de Gleika não teria ocorrido no ano passado, como afirmou a assessoria de imprensa do senador potiguar.

Fonte: Defato

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