terça-feira, março 13, 2012

Novo líder na Câmara, Chinaglia afirma que atuará com 'entusiasmo'

 
O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou nesta terça-feira (13) que vai atuar com "entusiasmo" e fará reuniões com todos os líderes partidários para se inteirar das insatisfações na base aliada. O deputado foi escolhido nesta terça pela presidente Dilma Rousseff para substituir Cândido Vaccarezza (PT-SP) na função de representar os interesses do governo na Casa.
"O modo de operar tem que ser com respeito [...], tem que ter diálogo, tem que ter paciência e, ao mesmo tempo, tem que ter posição. Porque se você não defende com diálogo e convencimento a posição do governo, você não gera entusiasmo e, sem isso, muitas vezes o compromisso de ganhar diminui", disse.

Chinaglia afirmou que deve marcar para esta quarta (13) encontro com líderes da base para discutir a pauta de votações da Câmara e tratar da crise entre o governo e o PMDB. "Vou conversar com cada líder, todos os líderes, porque só aí vamos ter a exata dimensão se tem problema é qual o problema."
Chinaglia afirmou ainda considerar "natural" que haja tensão entre o Congresso e o Executivo. "Faz parte do processo político e acho que é democrático haver uma tensão entre o Congresso Nacional e o Executivo. Sempre foi assim e acho que é bom, dentro dos limites. Não vejo nada diferente de outras épocas."
Presidência da Câmara
O novo líder do governo garantiu que, apesar das desavenças entre PT e PMDB, está mantido o acordo feito entre os dois partidos de rodízio da Presidência da Câmara. Pelo acordo, o PT exerceria o comando da Casa no primeiro ano do governo Dilma, e o PMDB assumiria o cargo em 2013.
"O PT honrou o acordo e vai honrar o acordo agora. O próximo presidente é do PMDB e, naturalmente, é um processo que não podemos antecipar e não é centro de pauta do líder do governo."
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), elogiou a escolha de Chinaglia e disse que isso não modifica o acordo sobre a presidência da Casa. "Ele foi um grande presidente desta Casa e sempre honrou os compromissos com o PMDB. Vejo com muito bons olhos a indicação. Esse assunto [da presidência da Câmara] é para ser tratado depois das eleições. O PMDB está focado na pauta legislativa."
Crise na base
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também deixou o cargo. Ele será substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Chinaglia e Braga assumem a articulação política junto aos demais líderes em meio a uma crise na base aliada. Na semana passada, Dilma sofreu uma derrota no Senado com a reprovação do nome de Bernardo Figueiredo para a direção-geral da ANTT.
Na Câmara, mais de 50% dos deputados do PMDB assinaram manifesto no qual se dizem excluídos das decisões políticas do governo federal. Por causa da troca da liderança da Casa, a votação do Código Florestal deve ficar para a próxima semana.
"O relatório está pronto, mas a votação deve ser adiada por uma questão política. O governo está sem líder na Câmara", disse o relator do projeto, Paulo Piau (PMDB-MG).

Fonte G1

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