quinta-feira, janeiro 12, 2012

Cajueiro de Pirangi ganha área livre de 700 m²

 (Fábio Cortez/DN/D.A Press)

Na calada da noite, as motosserras começaram a operação de adaptação do Cajueiro de Pirangi. Um oitizeiro de quarenta anos de idade foi arrancado no tronco no parque do Maior Cajueiro do Mundo, em Parnamirim (RN), deixando um vazio no local. A operação foi realizada na terça-feira à noite e despertou a curiosidade nessa quarta-feira (11) durante a visitação ao público, num dos maiores destinos turísticos do Rio Grande do Norte. Turistas e nativos achavam que estavam cortando o Maior Cajueiro do Mundo, um patrimônio natural do Estado. Além do oitizeiro, um cajueiro comum que existia dentro do parque foi podado. Com as mudanças, o Maior Cajueiro do Mundo vai ganhar 700 metros quadrados de área livre.

A operação foi realizada na terça-feira à noite, entre 18h e 22h, pela Associação dos Moradores de Pirangi do Norte (Amopin), numa parceria com agentes de trânsito de Parnamirim, Ministério Público e Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). "Até a motosserra usada estava documentada. A madeira da árvore retirada do parque vai ser reutilizada. Vamos construir bancos de madeira e artefatos para os turistas e visitantes", disse Francisco Cardoso, presidente da Amopin.

"Esta é a primeira parte da operação que está sendo feita no cajueiro, cuja próxima etapa é um caramanchão e elevação da copa para passagem dos carros. O oitizeiro retirado era uma planta invasora. Ela impedia que o cajueiro maior crescesse", afirmou Jamir Fernandes, diretor-técnico do Idema. O custo da operação no Cajueiro de Pirangi foi de R$ 3,5 mil. Com o caramanchão, a Amopin gastará mais R$ 85 mil. O dinheiro é arrecadado da venda de bilhetes no parque, cujo custo, por pessoa, é de R$ 4. Por dia, na alta estação, chegam a circular no local até 500 visitantes.

Invasor

O oitizeiro retirado do parque tinha 40 anos de idade, mas era considerada uma planta intrusa do parque do Maior Cajueiro do Mundo, assim como o cajueiro comum, que foi podado e agora ocupa apenas 100 metros quadrados (tinha 260m²). As duas árvores cresciam para cima do cajueiro gigante. "Tudo foi acompanhado pela nossa equipe. O oitizeiro era um invasor, mas até a motosserra usada para cortá-lo foi licenciada pelo Idema. O horário noturno foi escolhido por causa do trânsito. De dia provocaríamos engarrafamentos e transtornos à população", explicou Jamir Fernandes, do Idema.

Francisco Cardoso, da Amopin, ressaltou que além do reuso da madeira para confecção de bancos, mesas, borboletas e tábuas dentro do parque, a Amopin se comprometeu a plantar outros seis oitizeiros na região de Pirangi do Norte. "É uma forma de fazer a compensação ambiental", frisou ele. 

Fonte: DN

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