terça-feira, julho 11, 2023

André Valadão se manifesta pela primeira vez após dizer que 'Deus mataria' a comunidade LGBTQIA+: 'cancelamento indizível'

Pastor André Valadão durante pregação nos EUA. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O pastor André Valadão se manifestou oficialmente pela primeira vez após a repercussão de pregações religiosas contra a população LGBTQIA+. Ele é alvo de uma ação do Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais, estado sede da Igreja Batista da Lagoinha, para a retirada do conteúdo da internet e indenização por danos morais coletivos.


Durante um culto no dia 2 de julho, Valadão disse que, se pudesse, "Deus mataria" e "começava tudo de novo" em relação à comunidade LGBTQIA+. Em junho, ele já havia feito um culto com o tema "Deus odeia o orgulho", nos Estados Unidos.


Nesta segunda-feira (10), em uma publicação nas redes sociais, o pastou afirmou que "o nível da deturpação, ataque e cancelamento tem sido indizível". Também disse que as falas foram tomadas "fora de um contexto" e isso tem causado em um "dano terrível" a ele e sua família.


"Estive introspectivo e em oração para entender a avalanche de acontecimentos desses últimos dias. Minha vida e da minha família foram expostas, mentiras e interpretações distorcidas se espalharam. Mas hoje encontrei paz e quero colocar as coisas nos devidos lugares", escreveu Valadão.

Ele completou dizendo que não admite e não autoriza que "fiéis agridam, firam, ofendam ou causem qualquer tipo de dano, físico ou emocional, a qualquer pessoa que seja".


Ação do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais pediu à Justiça para determinar a retirada de conteúdo da internet feito pelo pastor André Valadão em que prega contra a comunidade LGBTQIA+.


Na ação, o MPF pede que o pastor arque com os custos de produção e divulgação de "contrapontos aos discursos feitos, a retratação pelas ofensas, e o pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos".



Caso também é analisado no Acre

O caso de 2 de julho já havia sido apresentado ao MPF no Acre. Em caso de prosseguimento, o órgão definirá internamente qual das duas procuradorias vai seguir com o caso ou se a análise será conjunta.


No Acre, o procedimento foi instaurado pelo procurador-regional dos Direitos do Cidadão e também está sob análise, sem prazo para definições.


Fonte: g1

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