quarta-feira, março 22, 2023

Moraes autoriza investigação da PF sobre possível ligação de Daniel Silveira com atos golpistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito da Polícia Federal para investigar a suposta ligação do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) com os atos golpistas de 8 de janeiro e também a origem de R$ 257 mil apreendidos na casa do ex-parlamentar.


O ex-deputado Daniel Silveira em imagem de 30 de março de 2022 — Foto: Adriano Machado/Reuters


Moraes atendeu a um pedido da PF. A decisão está sob sigilo. Silveira foi preso em fevereiro, em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, por ordem do ministro do STF.


A prisão preventiva foi decretada por descumprimento de medidas cautelares definidas pelo tribunal – como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso das redes sociais.



Na época, a PF encontrou mais de R$ 257 mil e quatro carros que estão em nomes de outras pessoas. A TV Globo apurou que a mochila com a maior parte do dinheiro estava em um desses veículos.


A PF não encontrou registro de um dos carros na base de dados disponível, o que pode indicar que o veículo é fruto de crime. A PF vai analisar se esse dinheiro tem relação com atos antidemocráticos.


A TV Globo apurou que a Polícia Federal também cita que a suposta ligação de Silveira com atos golpistas é apontada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).


Aos policiais, Silveira alegou que os veículos ainda estavam em processo de transferência e que o dinheiro em espécie havia sido sacado da sua conta. Agora, a PF deve fazer um levantamento patrimonial de Silveira.


O ex-deputado deve ao menos R$ 4,3 milhões em multas por descumprimento de medidas cautelares em 175 ocasiões. Ele deixou de usar a tornozeleira eletrônica, concedeu entrevistas e usou as redes sociais enquanto estava proibido pelo STF.


Silveira foi condenado pelo STF, em abril de 2022, por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a autoridades e instituições. A pena foi de 8 anos e 9 meses de prisão. Um dia após o julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu um indulto individual, perdoando a condenação do aliado.


Fonte: g1

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